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Segunda-Feira,25 de Novembro
Dário Cotrim

A família Silveira de Brejo das Almas

21/05/2020 às 03:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:33

O estudo da genealogia nos dá uma oportunidade de conhecermos com mais profundidade as nossas origens e a sociedade em que vivemos. A palavra genealogia vem da junção das raízes gregas gen, que significa geração, e logos que quer dizer estudo. Portanto, é o estudo das nossas origens, onde possamos conhecer melhor a nossa família e o histórico da nossa terra, com registros no Livro do Tombo das Igrejas Católicas e nos Arquivos Públicos dos municípios brasileiros. Também os depoimentos de pessoas ilustres, sobre fatos e causos familiares, são catalogados para consultas. 

Toda família deveria ter um membro que labutasse com a formação da sua genealogia. Seria ele o responsável pela condução dos destinos genealógicos, resgatando e conservando toda a história de sua família. “É bem verdade que o estudo da genealogia não se presta tão-somente ao conhecimento de nossos antepassados e descendentes, constituindo, sobretudo, importante instrumento de estudo de nossa História, dos costumes de cada época, dos caracteres hereditários, como traços físicos, aptidões intelectuais e temperamento”.

Nota-se que as famílias tradicionais têm o seu brasão e o estudo de sua árvore genealógica. Assim, foi que o escritor Geraldo Tito Silveira, preocupado com os registros genealógicos da família, de Brejo das Almas (Francisco Sá), resolveu iniciar estudo sobre “A Família Silveira de Brejo das Almas”, e compilou-o em um pequeno livro.

No introito do livro, o ilustre escritor faz menção aos primeiros habitantes do Brejo das Almas, explicando, inclusive, a origem deste nome. Segundo ele o nome original era “Brejo das Armas”, em razão das contendas ocorridas entre o régulo Jerônimo contra o seu xará Sargento-Mor Jerônimo Xavier de Souza, sobrinho de Tiradentes. Os faiscadores das minas baianas que passavam pelo local em busca dos povoados de Grão Mogol e do Tijuco deram ao lugar o nome.

O livro é muito pequeno em relação ao que representa a família Silveira para a sociedade futura. Entretanto, a contribuição do escritor é apenas um aperitivo para aqueles que, num futuro bem próximo, poderão complementá-lo com novas informações. O insigne acadêmico coronel Geraldo Tito Silveira era natural da cidade de Francisco Sá (antigo Brejo das Almas). No Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros o seu nome foi escolhido para patrono da Cadeira 42, que tem assento a sua inteligente filha Maria Luiza Silveira Teles. Ele deixou mais de duas dezenas de livros publicados.

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