Wendell Lessawendell_lessa@yahoo.com.br

Viva com honesta fidelidade - Parte 1

Publicado em 20/09/2023 às 19:52.

“Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10). É assim que o último livro da Bíblia nos apresenta a recompensa de nossa fidelidade a Deus: uma coroa de vida. Essa promessa foi dada à igreja de Esmirna. E o versículo seguinte diz que “o vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte” (Ap 2.11). A recompensa para a fidelidade do cristão é a vida eterna na cidade santa (Hb 11.10).

Esmirna disputava com Éfeso e Pérgamo a categoria de melhor cidade da época, a “primeira da Ásia”. Nela, havia praças, edifícios públicos e templos que destacavam sua grandeza estética. Foi onde nasceu Homero, o grande poeta da “Odisseia”. Esmirna venerava alguns deuses gregos, dentre eles Cibele, designada como a “mãe dos deuses”, uma deusa de fertilidade. Ela era representada com uma coroa de muralhas e leões, simbolizando poder e proteção. Havia então a moeda (coroa) que circulava nos negócios de Esmirna e que possuía a efígie de Cibele. Era o dinheiro da época, que trazia a imagem da deusa.

Em vez de prometer dinheiro (a moeda corrente com a imagem de Cibele) aos cristãos de Esmirna que permanecessem fieis à sua Palavra, Jesus lhes prometeu um tipo bem diferente de recompensa: a vida eterna. Eles não teriam recompensas monetárias neste mundo, mas teriam a vida para sempre com o Pai no céu. Não deveriam esperar que as coisas por aqui fossem sempre prósperas. Algumas situações seriam terríveis (Hb 11.36-38 – leia atentamente esse texto e reflita sobre o quanto muitas vezes reclamamos de situações que nem sequer se comparam às que foram experimentadas por alguns de nossos irmãos).

Os cristãos fiéis ao Senhor não precisariam “temer as coisas que teriam de sofrer” (Ap 2.10). O diabo certamente lançaria alguns deles na prisão e alguns desses seriam mortos (Ap 2.10; Hb 11.36-38). Mas, ainda que sofressem e passassem pela morte, eles não deveriam temer, porque perderiam a vida neste mundo, mas receberiam a vida abundante para sempre na ressurreição (Mt 10.28: “ não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”, disse Jesus). 

A nossa fidelidade como cristãos deve ser provada nas tribulações, a fim de que a nossa perseverança resulte numa paciência expectante: “ não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança” (Rm 5.3-4; 8.18-25. Você precisa parar agora e ler esse texto. Ele é maravilhoso! Paulo diz que “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós também gememos esperando a redenção do nosso corpo. Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos”).

As Escrituras estão repletas de textos sobre fidelidade. Uma busca simples pela palavra fidelidade nos mostrará isso. Fidelidade é ser firme, seguro, confiável e leal. E mirar certo objetivo e chegar até ele, passando por todos os obstáculos, convicto de que o alvo é o ponto máximo da caminhada. Uma pessoa fiel é ética em seus princípios. Ele não se inclina para um lado ou outro em razão de circunstâncias.

É previsível em suas convicções, por ser leal a elas. Ele não negocia princípios para “ficar bem na fita”. Moisés e Daniel nos deram esse belo exemplo de fidelidade (Hb 11.24-26; Dn 6.4 – leia esses textos com atenção. Veja que tanto Moisés quanto Daniel tiveram opções, mas escolheram obedecer ao Senhor, porque foram fieis).

Certamente os cristãos que são fieis, mesmo ameaçados pela morte, olham para frente, para o galardão (Hb 11.26), para a recompensa da vida eterna prometida por Deus na pessoa de Jesus.

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