A ciência tem continuamente tentado desvendar os mistérios da longevidade. A medicina e as demais áreas da saúde, como nutricionistas e educadores físicos, têm investido na busca por fórmulas mais eficazes para tornar a vida mais saudável e, consequentemente, mais alongada. Todos nós queremos viver muito.
A razão é simples: não fomos criados para morrer. Fomos criados para viver e viver para sempre.
Deus nos criou conforme sua imagem e semelhança a fim de gozarmos da presença dele para sempre e desfrutarmos de todos os benefícios de uma vida eterna. Foi o pecado, contudo, que roubou de nós a saúde de uma vida interminável. Com o pecado, a morte entrou no mundo. E com a morte, todas as sensações de falência em nossa vida.
Vivemos, mas experimentamos todos os dias os limites impostos pela degradação de nossos corpos.
O cansaço mental e físico, as dores e as ansiedades ilustram um pouco do que o pecado provocou em nós. Queremos muito viver, mas os efeitos do pecado nos lembram todos os dias de que somos mortais.
As Escrituras, porém, trazem a solução única e definitiva para o problema da morte: Cristo. E a razão é porque Cristo venceu a morte.
O apóstolo Paulo, escrevendo à Igreja em Corinto, afirmou: “Tragada foi a morte pela vitória” (1Co 15.54). E esse é o cumprimento da profecia de Oseias, que afirmou a respeito do povo de Deus: “Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição?” (Os 13.14).
Cristo venceu a morte e, com isso, retirou todas as consequências do pecado de sobre os filhos de Deus, aqueles que foram antecipadamente chamados para fazerem parte de sua santa família.
Portanto, os filhos de Deus recebem, por meio da vitória de Cristo sobre a morte, a declaração judicial de que também não são mais devedores da culpa do pecado e, com isso, estão isentos da morte eterna. Eles também, em Cristo, venceram a morte. Isso significa, na linguagem do escritor dos Provérbios, o encontro com a verdadeira vida (Pv 8.35-36).
Cristo, que é a eterna Sabedoria, é o doador e mantenedor da vida. Nele, todos nós vivemos e existimos, porque dele somos geração (At 17.28), porque somente ele é a verdadeira vida (Jo 11.25-26). Como Cristo mesmo afirmou, “... todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente” (Jo 11.26).
Entretanto, por que ainda temos de morrer fisicamente? O Catecismo de Heidelberg (pergunta 42) responde: “Se Cristo morreu por nós, por que devemos nós morrer também? Nossa morte não é para pagar nossos pecados (Mc 8.37); ela somente significa que morremos para o pecado e que passamos para a vida eterna (Jo 5.24; Rm 7.24-25; Fp 1.23)”.
Portanto, a morte para quem crê em Cristo não é morte eterna, mas apenas uma passagem. Cristo ilustrou essa ideia com o grão de trigo. Ele disse: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto” (Jo 12.24).
Cristo falava sobre si mesmo e a necessidade de sua morte. Sua morte produzia a vida de todos aqueles que cressem nele. Eles seriam “frutificados”.
Essa verdade também se aplica a nós, pois “quem odeia sua vida nesse mundo preservá-la-á para a vida eterna” (Jo 12.25). Desse modo, todos os que depositam sua esperança em Cristo viverão eternamente. E começamos a experimentar aqui agora esses benefícios, porque aprendemos a descansar no Senhor e esperar por ele (Sl 37.7; 42.11).
Por isso, o escritor dos Provérbios nos diz: “O que me acha [a Sabedoria Perfeita = Cristo] acha a vida e alcança o favor [graça – benefício] do SENHOR” (Pv 8.35). E esse Senhor é o Senhor da Eterna Aliança, aquele que prometeu estar conosco sempre para todo o sempre (Mt 28.20). Ele é a Sabedoria Eterna, o Emanuel (Mt 1.23).
Somente nele encontraremos a verdadeira vida!