Aldeci XavierJornalista, articulista, analista político e empresarial | aldecixavier@gmail.com

Voto útil

04/10/2018 às 07:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:47

O chamado voto útil já começou a ser colocado em prática na disputa presidencial. O mais beneficiado, conforme os números que estão sendo divulgados, é o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que caminha para disputar o segundo turno com o candidato do PT, Fernando Haddad. Os números mostram que a candidatura de Ciro Gomes (PDT) “está no CTI em fase terminal”, enquanto que o restante dos candidatos deixaram de ser, inclusive, combustível para jogar em mesa de boteco.
 
Chance 1º turno
O que parecia impossível para os analistas políticos, que é a definição da disputa presidencial ainda no primeiro turno, começa a ser admitido pelos próprios institutos de pesquisa. Tal fato aconteceu no país pela última vez há 20 anos, com Fernando Henrique Cardoso. O voto útil, a alta rejeição dos principais candidatos (Bolsonaro e Haddad) tem permitido analistas entenderem que apesar de ser baixa tal probabilidade, ela não está de todo descartada. Tudo dependerá da quantidade de votos nulos e brancos, além da taxa de abstenção. Para a maioria, se Bolsonaro atingir 36% do eleitorado, poderá chegar a mais de 50% dos votos válidos. Ele aparece no momento com 32%.
 
Definição em Minas
Divulgamos várias vezes que a eleição em Minas caminhava para ser decidida no primeiro turno. Até na semana passada, as pesquisas mostravam tal indicativo. Na pesquisa do Ibope divulgada na terça-feira, o crescimento de candidatos da prateleira de baixo diminuiu tal possibilidade. Apesar dos números mostrarem o crescimento do candidato Anastasia (PSDB), que subiu para 33%, contra 22% de Pimentel (PT), os índices não permitem caracterizar que está acontecendo no Estado o efeito voto útil. A soma dos concorrentes chegou a 44%.
 
Fora da mídia
Fenômeno novo nas eleições deste ano tem prejudicado as eleições estaduais. É que os holofotes da mídia e das redes sociais estão voltados totalmente para a disputa presidencial. O resultado é que a disputa nos estados passou a ser um fato secundário. Em Minas, por exemplo, tal fenômeno ajudou principalmente o atual governo Fernando Pimentel (PT) a se livrar dos ataques, críticas e acusações dos adversários.
 
Fenômeno Zema
Vários leitores querendo saber a razão do crescimento nas pesquisas do desconhecido empresário Romeu Zema (Novo), que soma 10% das intenções de voto, deixando para trás nomes como Adalclever Lopes (MDB) e João Batista Mares Guia (Rede). A resposta é de que são eleitores que não querem votar em Anastasia ou em Pimentel, além de não acreditar nos outros. Em decorrência do ramo empresarial, o seu nome passou a fazer parte do dia a dia da mídia. Não foi por acaso que o Grupo Zema investiu pesado em mídia na TV neste segundo semestre.
 
Sociedade Rural
O presidente da Sociedade Rural, José Luiz Maia, aproveitou o período eleitoral para criar uma agenda de reivindicações e apresentar aos candidatos do Norte de Minas. A ideia foi justamente formalizar as reivindicações da classe produtora da região. Vale lembrar que o trabalho do dirigente da Rural tem surpreendido positivamente.

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