No Brasil, costumamos dizer que o país só começa a funcionar após o Carnaval. Se trata de meias verdades, já que as ações, principalmente da classe política, acontecem normalmente. A diferença é que a maioria da população continua em clima de festa iniciado no Natal e na passagem de ano. Na prática, após as comemorações momescas, voltamos nossas atenções para a realidade. É como se levantássemos o tapete descobrindo o que realmente aconteceu com o nosso país neste período, inclusive percebendo manobras nada republicanas envolvendo os poderes.
Dica para as eleições
As lideranças que estão pensando em se envolver no processo eleitoral de 2024 precisam ficar atentas em relação a aventureiros sem qualquer experiência em política, em especial em campanha, que aproveitam espaço nas redes sociais ou na própria imprensa para dar palpite, levando pré-candidatos inexperientes a acreditarem na forma mágica de vencer um pleito eleitoral. Costumo dizer que cada eleição conta a sua própria história e cada candidato deve analisar o pleito e sua situação de forma isolada. É preciso analisar desde a escolha do partido, o eleitorado a ser trabalhado, lideranças aliadas e outras questões. Busque informação de quem realmente é da área.
Cemig sendo Cemig
Quando o governador Zema (Novo) defende a privatização dos serviços de água, esgoto e energia elétrica, imediatamente é criticado por setores da esquerda e de servidores destas empresas, preocupados apenas em preservar o emprego – sabendo que o resultado do trabalho apresentado não serve como avaliação para continuarem ou serem desligados. Um exemplo claro é o serviço prestado pela Cemig no atendimento, principalmente, à área rural. Tão logo a Coluna levantou o assunto, eleitores de toda região encaminharam queixas de constante falta de energia na zona rural, a exemplo de Montes Claros, São João da Ponte, Grão Mogol, Mirabela, São João do Paraíso e outros. Em Francisco Dumont, faltou energia em duas oportunidades que estive na comunidade de Santo Antônio. Na primeira vez, a Cemig levou quatro dias para solucionar o problema. Neste final de semana, sexta, sábado e parte do domingo, aquela população voltou a ficar sem energia.
Cemig e as autoridades
Como a Cemig é uma prestadora de serviço e deve obediência ao contrato, torna-se necessário que senadores, deputados federais, estaduais e o próprio governador Zema discutam mudanças no atendimento à população, principalmente da zona rural. É preciso rever o contrato, inserindo penalidades duras pelo não cumprimento. A deficiência começa no atendimento e no registro do protocolo. O prazo de 24 horas para o atendimento, além de longo, não é obedecido. Aliás, falaremos mais sobre o assunto na Coluna de quinta.