Parece cômico, para não dizer trágico, a insistência da empresa VLI Multimodal S/A em impedir a duplicação de ponte sobre a linha férrea na avenida Minas Gerais, na região do Grande Renascença, em Montes Claros. Já alguns anos que a empresa vem negando a utilização de abertura de passagem, ligando a área central à região do bairro Santa Rita, pela avenida Germano Gonçalves. Agora chegou a vez de “colocar o pé no barranco”, para impedir a duplicação da ponte no bairro JK. A direção da VLI chegou ao absurdo de encaminhar ofício à prefeitura, afirmando que só permitirá a construção se o município pagar R$ 20 mil mensais pelo uso do espaço área do local. A empresa responde pela exploração da linha férrea que corta a cidade, pela área central, de norte a sul.

Na Justiça contra VLI
Diante da absurda exigência da empresa VLI Multimodal, a procuradoria de Montes Claros decidiu ingressar na Justiça contra a empresa. Outra medida será o de entrar com outro processo, obrigando a VLI a pagar o IPTU pela área que ocupa no município. O mais curioso em toda história é que se trata de uma empresa privada, que tem concessão pública e que tenta exigir o pagamento pelo espaço que não é seu e sim do próprio município. Vale lembrar que não estou levando em consideração que a ponte está com sua estrutura comprometida.
 
Governo paralelo
A população não está percebendo, mas estamos vivendo um momento crítico, com o desenho de que o país vive dois governos, sendo um oficial e outro paralelo. Os últimos fatos e posicionamentos evidenciam que o Legislativo se uniu ao Judiciário, e tem se posicionado contrário ao Executivo. Não existe mais diálogo. O resultado é que o país, em pleno momento de pandemia da Covid-19, é obrigado a conviver com várias incertezas, provocadas pela vaidade e, talvez, interesses que não são o da população. O que pode acontecer é imprevisível, inclusive com medidas drásticas. O que não pode é a população ser obrigada a pagar a fatura.
 
Data da eleição
Para não serem apanhados de surpresa, pré-candidatos e partidos políticos têm que esquecer a ideia de possibilidade de unificação das eleições para 2022 ou adiamento do pleito eleitoral em decorrência da pandemia do coronavírus. O TSE já negou pedido de adiamento das eleições, feito pelo senador Major Olímpio (PSL-SP). Da mesma forma, o novo presidente do TSE, ministro Barroso, já declarou que está mantida a data e que também é contra o adiamento e unificação da eleição. Diante dos fatos, a ordem é tocar o projeto de eleições municipais para 4 de outubro.