Tenho recebido indagações de leitores querendo saber quais, e quantos, vereadores em Montes Claros com chance de reeleição. O que temos reiterado é que antes do prazo final de mudança de partido, quando da janela, fica impossível qualquer previsão. Serão justamente as acomodações que permitirão uma leitura mais precisa. Com o fim da coligação na proporcional, o risco ficou maior para todos. Mais do que nunca, conseguir ficar entre os 23 mais votados não é garantia de reeleição.
Mudando o foco
Ainda fazendo análise do que possa acontecer nas eleições de outubro, especificamente na disputa proporcional, e tomando como base as últimas eleições, é possível prever que vereadores que estão apostando o resultado em suposto trabalho desenvolvido junto à comunidade, através da prefeitura, poderão se decepcionar. Costumo dizer que “voto para vereador é pessoal e intransferível”. É conquistado no tête-à-tête. Normalmente, as ações comunitárias rendem votos que não ultrapassam a 40%. Temos exemplos no pleito passado, com a votação dos ex-vereadores Dio Andrade e Marly Silva, que investiram em ações comunitárias e não colheram o que plantaram.
Bando de Jacarés
Tanto quem vai para a reeleição, como para eleição, precisa entender que quando do início da campanha, “os holofotes eleitorais” estarão voltados para a disputa majoritária, reduzindo em muito a visibilidade de quem estará na disputa proporcional. A solução, a princípio, é explorar mais as redes sociais. Entretanto, se não for dosada, poderá ter efeito contrário. Na disputa proporcional costumo aplicar a máxima de que os candidatos, para os eleitores, passam a ser integrantes de bando de jacarés, onde a semelhança dificulta distinguir um do outro. O que insistimos é no trabalho tête-à-tête.
Capitão Enéas
Na semana passada divulgamos que a onda de rodízio na distribuição de água por parte da Copasa já teria ultrapassado as fronteiras de Montes Claros e atingido outros municipais da região, a exemplo de Capitão Enéas. A este respeito, a empresa divulgou comunicado de que o rodízio naquele município “foi suspenso alegando que a vazão dos mananciais utilizados pela Companhia está satisfatória devido ao período chuvoso”.
Juramento
Pelo desenho político que vem sendo construído no município de Juramento, tudo indica que a base governista vem encontrando dificuldades na escolha do sucessor. Enquanto o grupo do atual prefeito, Wendel Pereira, que cumpre o segundo mandato, até agora não articulou o nome que vai para a disputa, a oposição sai fortalecida para o processo com a união dos ex-prefeitos Jânio Lima Borges e Gilvan Caldeira. Vale lembrar que Jânio é um dos ex-prefeitos mais bem avaliados na história daquele município.