Antes do início do processo eleitoral, alertei os pré-candidatos para tomar cuidado com pessoas que usam as redes sociais se apresentando como marqueteiros e profundos conhecedores de condução de campanha política. Estes oferecem forma mágica para os candidatos. Não basta ser profissional de marketing, ou jornalista para se apresentar preparado para a tarefa. Além da teoria é preciso conhecer campanhas na prática. Não existe receita pronta na condução do processo. Cada município e candidato carrega sua própria história.
Alexandre Braga
Em Montes Claros é possível que novos atores surjam antes do dia 6 de julho como pré-candidato a vereador. São ocupantes de cargo de confiança na administração e que não são ordenadores de despesa. A Lei Eleitoral define que estes têm prazo de três meses antes das eleições para deixar o cargo. Entre os nomes que podem aparecer está o do diretor do Procon, Alexandre Braga.
Denúncia eleitoral
Um assunto que tomou conta das redes sociais no início deste mês foi a representação do Ministério Público Eleitoral de que o vice-prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães (UB), pré-candidato a prefeito, estaria utilizando de perfis da prefeitura para promoção política. Como nenhuma das postagens ele se apresentou como pré-candidato, mas sim como vice-prefeito, o juiz eleitoral , Antônio Rosa, manifestou contrário argumentando que não viu nenhum fato que configure crime eleitoral.
Autor da ação
Faço questão de frisar que minhas análises obedecem critérios eminentemente técnicos. A este respeito chamo a atenção do grupo do PDT, que abriga a candidatura a prefeito de Délio Pinheiro, para que tenha cuidado em suas ações de forma a não trazer desgaste para o candidato com decisões equivocadas. É preciso criar uma barreira para protegê-lo e não expor ao confronto desnecessário. Agora mesmo tomamos conhecimento de que a ação impetrada na Justiça Eleitoral contra Guilherme foi assinada pelo próprio Délio, quando o correto seria ter sido assinada por terceiro.
Projeto aborto
Neste mês a principal polêmica em torno dos projetos que tramitam no Congresso Nacional diz respeito a PL do Aborto, que no seu bojo objetiva endurece a prática da realização do aborto. Entendo que da forma que foi elaborada pelo deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ) objetivou contrapor proposta apresentada pelo PSOL junto ao STF. O adiamento da discussão da PL para depois das eleições é o tempo suficiente para acalmar os ânimos e buscar um denominador comum . Aliás, no momento em que o judiciário deixar de envolver em questões de competência do legislativo entendo que tais assuntos deixarão de fazer parte da pauta do Congresso Nacional.