No mundo político, o termo paraquedista é utilizado para aqueles que, sem qualquer ligação com o município, aparecem em período de eleição, em busca de voto. Também tem aqueles que, “de quando em vez”, aparecem trazendo migalhas para garantir o apoio da oposição ou do prefeito no pleito seguinte. Aqui pelas bandas do Norte de Minas, historicamente, somos vítimas desse tipo de gente. Não é por acaso que a região conta apenas com dois deputados federais (Paulo e Marcelo). O mais triste nesta história é que tais paraquedistas são chancelados pelos nossos prefeitos ou lideranças, que querem assumir o poder no município, e buscam simplesmente estrutura pessoal para enfrentar o pleito. São como prostitutas de beira de estrada, que, para não perder o cliente, se vendem por qualquer valor.
Entidades e os paraquedistas
É preciso que as entidades de classe do Norte de Minas aceitem o “mea-culpa” na invasão de políticos paraquedistas no Norte de Minas. Não faz qualquer sentido deixar para véspera de pleito eleitoral a realização de campanhas de conscientização do eleitorado. O trabalho tem que ser preventivo e já deveria ter reiniciado. Aliás, não basta tentar conscientizar a população de que é preciso, acima de tudo, denunciar aqueles que, para se proteger, têm vendido a consciência da nossa gente em troca do “farelo do polo” dos governos federal e estadual.
Posse na Câmara
A suplente de vereador Marly Silva (PDT) toma posse na segunda-feira (6), às 9h, na Câmara Municipal de Montes Claros. Ela assume a vaga deixada pelo vereador Oliveira Lêga (Lega Policial), que teve seu mandato cassado em dezembro do ano passado.
Novela Lêga Policial
O vereador Lêga Policial, que teve o mandato cassado em dezembro, tenta na Justiça, tanto de primeira quanto de segunda instância (processos diferentes), rever seu mandato. Na hipótese de não conseguir, é o vereador Júnior Martins (Cidadania), como primeiro suplente, que se efetiva como titular. A vereadora Marly Silva é a segunda suplente e, neste caso, estaria assumindo a vaga deixada pelo vereador Claudim da Prefeitura, que se afastou para assumir a Secretaria de Planejamento e Gestão.
Pão ou circo
Não consigo uma explicação para definir a falta de sintonia entre o discurso e a prática adotada por alguns municípios deste sertão mineiro. Enquanto durante todo o ano se queixaram da falta de recursos para setores como saúde, educação, infraestrutura e melhoria do salário dos servidores, aproveitaram este final de ano para investir na contratação de artistas consagrados nacionalmente, cujo valor seria capaz de tirar muita gente das filas dos hospitais. Comemorar a passagem de ano é importante, mas a estrutura tem que ser de acordo com a realidade do município.