Afirmar que o presidente Bolsonaro foi infeliz ao comentar sobre as ações do coronavírus, pedindo inclusive a desmobilização em alguns setores, é a mais pura verdade. Entretanto, não podemos concordar que setores da imprensa usem do expediente para expor o ódio que alimenta em relação ao chefe da nação. As críticas são necessárias e certamente servem para que o próprio presidente analise e reveja o teor da sua fala. Entretanto, o momento não permite que a imprensa como um todo compre uma briga particular e aceite a carapuça que, por enquanto, cabe apenas em uma cabeça. Aliás, do ponto de vista técnico, existe uma diferença muito grande entre opinião e tomada de decisão, mesmo sendo do principal personagem da nação.
GRANDES EMPRESAS
Estamos assistindo, nas redes sociais, críticas do funcionamento de grandes empresas no município. Neste momento do avanço da pandemia do coronavírus, a opinião deve ser respeitada, mas analisada dentro de um aspecto amplo. “Não é matando o boi que você acaba com o carrapato”. O país tem que continuar funcionando e produzindo. A cobrança correta seria a busca de funcionamento das empresas de forma a não colocar em risco a vida de seus funcionários.
CADÊ A JUSTIÇA
É preciso que o Ministério Público e o Judiciário se manifestem em relação a decisão de prefeitos no Norte de Minas que, por conta própria, decidiram passar por cima de prerrogativa federal, fechando estradas de acesso ao município. O argumento é de que seria uma forma de prevenção ao Covid-19. Na coluna de ontem comentamos o assunto, mas pelo visto o Judiciário continua com os braços cruzados sem se manifestar. A lei é clara: não é competência dos municípios estabelecer restrição genérica de acesso ao seu território.
OBRAS PARALISADAS
Considerado, junto com o agronegócio, um dos principais pilares da economia, a construção civil tem sido o setor mais prejudicado com a pandemia do coronavírus. As obras em andamento sofreram desaceleração, enquanto outras tiveram o início adiado. Em Montes Claros, obras de instalação de novas empresas estão sendo adiadas. É o caso da Eurofarma, da Havan e da Leroy Merlin. É visível o desaquecimento do setor.
NOVELA FÁBIO NEVES
Divulgamos que o julgamento de ação no TRE-MG, proposta pelo PSB estadual, onde pede a cassação do mandato do vereador por Montes Claros, Fábio Neves, por ter mudado de partido, havia sido transferido para o dia 15 de abril. Entretanto, na decisão do procurador-geral Eleitoral, Ângelo Giardini de Oliveira, o processo foi retirado de pauta “Sine die”, ou seja, sem fixar uma data futura. O PSB defende que o segundo suplente, João Paulo Bispo, assuma o cargo, deixado pelo ex-vereador Cláudio Prates, que renunciou do mandato no ano passado.