Aldeci XavierJornalista, articulista, analista político e empresarial | aldecixavier@gmail.com

Polícia esvaziada

13/05/2020 às 07:17.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:29

Se a Polícia Militar de Minas Gerais já vinha sofrendo com a falta de recrutamento devido à crise financeira pela qual passa o Estado, a situação poderá piorar ainda mais com a decisão do presidente Bolsonaro de vetar trecho do programa de auxílio emergencial a estados e municípios, aprovado pelo Senado, que impossibilita reajuste salarial da categoria. A princípio o aumento estava garantido para os setores de segurança e de saúde, mas parlamentares resolveram incluir várias outras categorias. Diante de tal possibilidade, é grande o número de militares, de sargento a coronel, que entraram com pedido de contagem de tempo. A baixa pode, inclusive, ultrapassar 20% do efetivo. Na próxima coluna abordaremos mais o assunto.

Doação para a região
O município de Montes Claros tem sido contemplado com o recebimento de suprimentos para auxiliar no enfrentamento à Covid-19. Quando não chega diretamente à Secretaria de Saúde, chega aos hospitais ou entidades que atendem a famílias carentes. A este respeito, dois pontos devam ser considerados: o primeiro é que empresas doadoras deveriam também olhar a situação e necessidade de outras cidades do Norte de Minas. O outro ponto é que todo o material recebido e a sua distribuição deveriam ter divulgação à população.
 
Prestação de conta
Se as máscaras que estão chegando a Montes Claros e as promessas de confecção por parte da prefeitura, entidades e pelo presídio, forem mesmo destinadas aos hospitais e à população, é fato que todos serão atendidos. Agora mesmo, a Sul Americana de Metais (SAM) entregou à prefeitura 24 mil máscaras. Mas até agora o Executivo municipal não informou o destino dos equipamentos de proteção. Da mesma forma, seria prudente informar quando serão produzidas e distribuídas as máscaras anunciadas pelo Executivo. Vale lembrar que só do governo federal, a cidade recebeu R$ 15 milhões para o enfrentamento à Covid-19. E, nos próximos dias, receberá mais R$ 50 milhões. 
 
Decreto Covid-19
A guerra surda envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, governadores e prefeitos terá reflexo direto nas eleições deste ano. Sem perceberem, principalmente os prefeitos que vão para a reeleição, estão se desgastando e se complicando diante do eleitorado. Quando Bolsonaro publica decreto ampliando lista das atividades essenciais, já sabe que terá resistência de estados e municípios. O resultado é que ele fica bem diante da maioria da população, transferindo o desgaste para estados e municípios. A tendência é a de que, quem está sofrendo na ponta com o comércio fechado ou perdeu o emprego, tende a responder nas urnas. Na prática, trata-se de jogada de marketing política. Vale lembrar que não somos favoráveis nem contrários ao posicionamento de um lado ou de outro. Apenas analisamos o que está acontecendo.

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