O velho ditado que diz que “quem está sentindo dor é que geme” está mais atual do que nunca na saúde em Montes Claros. Um dos exemplos é a enorme fila de pessoas na fila de cirurgia eletiva para a retirada de pedras nos rins. A Fila hoje tem mais de quatrocentas pessoas. Levantei a informação de que tem gente sofrendo com o problema há quase três anos e não é atendida. A secretaria Municipal de Saúde apresenta como justificativa as cirurgias reprimidas em decorrência da pandemia da Covid -19. O resultado é que quem não tem plano de saúde, ou recurso para pagar uma cirurgia, não tem outra saída senão continuar esperando.
 
Candidatos flutuantes
A semana está se encerrando e a maioria dos partidos políticos em Montes Claros não conseguiram a garantia da formação de chapa para disputa majoritária. Por falta de tempo está previsto um corre-corre entre segunda e quarta-feira da próxima semana, uma vez que o prazo final é sexta-feira (6). A alerta foi feita e a previsão é de que muitos que tinham a intenção de disputar o pleito vão ficar fora por falta de vaga. Lembrando mais uma vez que em 2020 foram 578 candidatos na proporcional e este ano o número pode chegar no máximo a 300. De mais a mais foi reduzido o número de candidatos por partido ou federação. Viveremos uma semana de choradeira.
 
Quociente eleitoral
Este ano uma das maiores preocupações dos candidatos na proporcional tem sido com a matemática do quociente eleitoral. A este respeito entendo que em Montes Claros quem não tiver projeção de obter acima de 1.800 votos não tem como sonhar em conquistar uma cadeira na Câmara Municipal. Com a redução do número de candidatos por partido, federação, ou fusão, haverá uma maior concentração de votos em torno dos candidatos. Desta forma é fato de que o número de partidos que eleger candidatos diretos deve aumentar. O mesmo vai acontecer com a sobra que exige que a agremiação obtenha 80% do quociente e o candidato 20%. Numa conta rápida podemos dizer que a votação mínima neste caso será mesmo em torno de 1.800 votos.
 
Sobra da Sobra
A distribuição das vagas na chamada terceira fase, ou seja, a sobra da sobra, onde independente do partido fazer o quociente eleitoral participaria da distribuição das vagas, existe mais é um sonho impossível. Em todas as contas que fizemos, até levando em consideração projeções de pleitos anteriores, chegamos à conclusão de que a chance, se houver, é que no máximo uma pessoa consiga ser eleita pela sobra da sobra. Por tanto, não conte com tal milagre.
 
Sistema é automático
Antigamente após o prazo final de filiação os partidos tinham um prazo para remeter as informações ao TSE. Hoje é automático. Por tanto, o candidato não pode correr o risco de achar que pode filiar depois do prazo final.

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