O deputado federal Samuel Viana (PL) após a repercussão de sua decisão de contrariar a bancada do seu partido e votar a favor do regime de urgência para o projeto de Lei da censura, justificou que votou apenas no encaminhamento da matéria. Quem conhece do processo político e como funciona as bancadas e direção dos partidos, sabe que não conseguiu convencer ninguém. Aliás, como Samuel é “marinheiro de primeira viagem”, é fato que suas orientações vem do pai, o senador Carlos Viana.
SEGURANÇA EM PERIGO
No momento em que assistimos ao Governo e à justiça colocar dúvidas em relação a postura dos integrantes das forças armadas, questionando o comportamento de oficiais do exército e da polícia militar ,toda sociedade acaba vulnerável. Tudo acontece sem o devido processo legal, com essas pessoas sendo condenadas antes mesmo de serem julgadas. Sem a sociedade perceber, estamos assistindo a implantação, de forma veloz, da desmilitarização, o que é próprio do regime comunista. Estamos dando adeus à democracia.
8 DE JANEIRO E O STF
Infelizmente, continuo acreditando que a CPI e as investigações dos atos de 8 de janeiro, quando os poderes foram invadidos, serão transformadas em pizza. Em todas as ações estão mirando apenas um lado da moeda. Aliás, no caso específico do judiciário, só acreditaremos nas decisões se o tratamento for igual para aliados de direita e de esquerda. “O pau que dá em Chico tem que ser o mesmo para Francisco”.
INDICAÇÃO 3º ESCALÃO
Infelizmente a compra da consciência dos nossos parlamentares, com cargo no Governo Federal, vem emperrando o funcionamento de vários órgãos. Um exemplo claro é o fato de já estarmos chegando na metade do ano e até agora, não foi definido se os atuais dirigentes dos órgãos do terceiro escalão continuam ou serão substituídos. Temos exemplos em Montes Claros: os órgãos ambientais, a Codevasf e o Dnocs. Além da queda de braço dos deputados governistas pelo direito da indicação, o Palácio do Planalto tem encontrado dificuldade para consolidar a troca destes espaços pelo apoio no Congresso Nacional. Por aqui, o PT quer garantir a indicação na Codevasf, mas vem encontrando dificuldade junto aos próprios aliados.
APREENSÃO DE ÔNIBUS
Fui o primeiro a criticar a ação da Justiça Federal por reter centenas de ônibus em Brasília-DF, com a suspeita de participação nos atos de 8 de janeiro. Alguém tem que fazer alguma coisa, pois os veículos estão acabando com a ação do tempo. Não precisa ter bola de cristal para afirmar que os proprietários de ônibus de turismo, quando contratados, não podem se responsabilizar pelos atos dos contratantes em ações no destino da viagem. Muitos dos proprietários têm apenas um veículo para colocar comida em casa.