Não costumo contestar, confrontar ou desmerecer a opinião de companheiros que fazem análise contrária a este jornalista. Entretanto, creio que às vezes é importante a divergência de opinião para permitir ao eleitor fazer um comparativo e tirar suas próprias conclusões. Agora mesmo, estão comentando sobre possível racha dentro do grupo do prefeito Humberto Souto. Pelo menos neste momento não é possível fazer esta leitura, tendo em vista que no holofote do processo a disputa está polarizada entre a candidatura do deputado Paulo Guedes (PT) e do vice-prefeito Guilherme Guimarães, ou seja, lideranças alinhadas da direita contra alinhadas de esquerda, não havendo outra estrada.
 
Capital Político
Quando um cidadão se envolve na política e começa a conquistar eleitores, chamamos o resultado de capital político. A sobrevivência do agente político vai depender da preservação e do crescimento deste capital político. No caso específico do jornalista Délio Pinheiro (PDT) que, nos bastidores, tem se apresentado como candidato a prefeito em Montes Claros, podemos dizer que o seu capital político na cidade é de 39.288 votos, que foi o que conseguiu no pleito do ano passado como candidato a deputado federal. É evidente que numa disputa majoritária municipal, os números são outros, mas a projeção é a mesma. Entretanto, se tem o sonho de continuar com a carreira política não pode errar na tomada de posição, pois, um fracasso como candidato ou apoiador, pode influenciar diretamente em um projeto futuro. Sabe que não tem mais a visibilidade oferecida pela emissora que trabalhou.
 
País da conveniência
Infelizmente, ao longo da história, nossos deputados e senadores sempre trataram a legislação eleitoral como um brinquedinho particular que deve ser montado e desmontado de acordo a conveniência dos integrantes do parlamento. O mais triste é que sempre utilizam as eleições municipais como laboratório de forma a não correrem o risco quando tiverem que reformar o mandato.
 
Fique em casa
Diversas autoridades ligadas à direita estão orientando a população a ficarem em casa no dia 7 de setembro. Um exemplo foi vídeo divulgado nas redes sociais, pelo desembargador Sebastião Coelho, onde alerta que pode ser transformada em nova armadilha para os chamados patriotas, como, segundo ele, o ocorreu no dia 8 de janeiro. Disse ainda que se tiverem que comparecer que compareça de preto (luto) por não ter o que comemorar. Quem também fez pronunciamento no Senado e divulgou nas redes sociais foi o senador Magno Malta (PL-ES). Ele pediu aos patriotas que fiquem em casa. Segundo ele seria uma forma de dar resposta às Forças Armadas. Malta usou uns termos que prefiro não citar.