Se tomarmos como base as previsões dos partidos políticos, as câmaras municipais terão o dobro do número de vereadores permitido. A tática é usada para convencer os pré-candidatos a permanecerem na agremiação. Sempre prometem que farão um a mais na sobra. Apesar da tática não funcionar, é preciso levar em consideração que, historicamente, quem está no poder – atuais vereadores – saem na frente dos demais concorrentes, em face da estrutura à sua disposição e pela visibilidade natural que o cargo oferece.
Número de eleitos
Mesmo levando em consideração que em política não existe a palavra impossível, é pouco provável que previsões que estão sendo feitas por determinados partidos se tornem realidade. Duas das agremiações na disputa em Montes Claros estão anunciando que vão eleger quatro vereadores. A previsão é a de que o quociente eleitoral no município fique em torno de oito mil votos. Para eleger quatro vereadores teriam que atingir mais de 30 mil votos, o que é pouco provável.
Debandada geral
Devido ao momento vivido pelo país, com a Covid-19 e o fim da coligação na proporcional, a previsão é a de que assistiremos nas convenções uma debandada de pré-candidatos. As chapas que estão sendo formadas são previsíveis e grande parte dos pretensos candidatos não estão dispostos a servirem de escada para garantir vaga deste ou daquele. O jogo está sendo lançado e todos os envolvidos no processo já conhecem as cartas.
Secretário de volta
Na semana passada, o secretário de Infraestrutura e Planejamento Urbano de Montes Claros, Guilherme Guimarães, foi exonerado da pasta e surgiu a especulação de que seria para permitir que esteja em condições de disputar as eleições deste ano. A coluna foi em busca de esclarecimento e ouviu do próprio secretário que a medida foi para permitir que retornasse ao cargo efetivo na Unimontes, mas que, dependendo do prefeito, retornaria. No Diário Oficial do Município de terça-feira (7) foi publicado o seu retorno à direção da pasta.
Alheio ao problema
Diante da pandemia da Covid-19, a sociedade apoia e entende as medidas de isolamento social impostas pelos governos federal, estadual e municipal. O que não conseguimos entender é a falta de critérios para o controle do isolamento na horizontal. Em Montes Claros, por exemplo, a prefeitura age com mão de ferro em alguns setores, mas permite a formação de enormes filas, principalmente de idosos, nas portas dos bancos, principalmente no período da manhã. O correto seria um acordo com as agências bancárias para fracionar o atendimento, durante o dia e com horário previamente agendado. Não justifica concentrar o atendimento apenas no início do dia. A prefeitura não pode fazer vistas grossa para o problema.