“Diga-me com quem andas e eu direi quem tu és”. Essa máxima é antiga, mas continua atual, principalmente no mundo político. Agora mesmo, estamos assistindo candidatos a cargo majoritário em Montes Claros convidando autoridades da esfera federal a participarem da campanha no município. É preciso colocar na balança do processo o procedimento, já que na maioria dos casos não representa nenhum benefício e às vezes o resultado é contrário ao esperado. Entenda de uma vez por todas, eleição municipal é um processo caseiro e a influência vem do grupo do candidato e a avaliação que o eleitor faz do nome apresentado. Tal máxima vale mesmo e somente para eleitores ideológicos.
Saída de Viana
A coluna, que foi a primeira no Estado a divulgar, com exclusividade, o afastamento do senador Carlos Viana (Podemos) das atividades no Congresso nacional, teve a notícia confirmada pelo próprio Viana junto à imprensa. O primeiro suplente, Castellar Neto, ex-secretário de Governo de Belo Horizonte, assume a vaga no dia 2 de julho. Vale ressaltar que o afastamento foi feito em troca do apoio do ex-deputado federal Marcelo Aro ( Podemos).
Síndrome do bolsonarismo
Sempre tenho alertado aos envolvidos no processo eleitoral que apesar de não ter influência decisiva no processo, qualquer análise política deve levar em consideração as movimentações e o comportamento da classe política a partir de Brasília. Agora, por exemplo, estamos assistindo o Governo Federal se desidratando e assistindo o desenho de possibilidade de ser derrotado nas eleições deste ano nas principais cidades do país. Poderia ser listado vários fatores a começar pelo relacionamento com o Congresso, com a sociedade e com os municípios. Fica evidente que a engenharia política da situação continua vivendo na era analógica. Aliás, não precisa ter bola de cristal para afirmar que a estratégia de encostar no STF e se alimentar da “sindrome do bolsonarismo”,não tem permitido que o grupo desmonte o palanque de 2022 e foque na administração do país.
Justiça Eleitoral
Com as novas regras eleitorais mais restritas do que as anteriores, os atuais candidatos, principalmente aqueles que estão no poder, praticamente ficaram engessados na movimentação. O mais triste é que sobra dúvidas e os tribunais eleitorais não abrem uma linha direta com os envolvidos no processo. O resultado é que assistiremos vários candidatos cometendo irregularidades de forma involuntária e sem perceber.
Crítica verdadeira
Em período de eleição é comum recebermos críticas pelo fato de análises não agradarem os envolvidos. Vale ressaltar que a crítica verdadeira é mais produtiva que os aplausos. Aplausos podem levar você a uma bolha fora da realidade.