Estamos assistindo à euforia após eleição, com manifestações, ataques e gozações, como se o momento fosse propício para tal. O que percebemos é que nem o presidente eleito, Lula (PT), tem consciência do tamanho do problema, no momento em que, antes de assumir o poder, já se articula com países contrários aos interesses do Brasil. É preciso que assumindo, o novo Governo busque um meio termo na condução do país, já que houve um equilíbrio de forças nas urnas com metade a favor e metade contra. Querer colocar em prática linhas ideológicas a ferro e fogo poderá “aumentar a fundura do buraco” e transformá-lo em abismo.
Delegado ou político?
O posicionamento político como forma de fortalecer a democracia é um dever de todo o cidadão e deve ser respeitado. O que questionamos é a forma com que profissionais de determinados setores se manifestam. Agora mesmo, assistindo um vídeo do delegado de Janaúba, Bruno Fernandes, fiquei sem entender. Parte da sua fala tem consistência ao defender a liberdade de posicionamento e criticar ataques. Outra parte comenta que venceu as eleições e que quer ver a região livre dos coronéis. Disse, ainda, que Janaúba a partir do dia 1º de janeiro voltará ao trilho do desenvolvimento e que tiveram mais de 55% dos votos, se referindo a votação de Lula. O resultado é que, dependendo do caso em que tiver que decidir, o posicionamento passa a estar contaminado. Resumindo: o discurso é incompatível com a função que exerce.
Eleitor de Lula
Até agora, a maioria dos analistas políticos não conseguiu fazer a leitura de quem votou em Lula. Antes posicionando como se os 50,90% dos eleitores que votaram no então candidato, são aliados da esquerda. Os motivos foram variados e obedecem, principalmente, aos interesses pessoais e às promessas de futuro. Esse foi o código do resultado do pleito. Diante da fotografia real do quadro, é preciso caminhar por outra linha de postura e de raciocínio para tentar unir a nação em torno de um projeto.
Novo ministro
Não precisa ter bola de cristal para antecipar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, será recompensado pela fidelidade, tanto com integrantes do STF como do grupo liderado por Lula. Passa a ser o principal nome cotado para assumir vaga no Supremo no próximo ano. Caso isso não aconteça, certamente terá o direito de indicar o seu afilhado, o senador Alexandre Silveira, que foi derrotado nas urnas e deixa o senado no início do ano.
Ponto de vista
Sem qualquer conhecimento, formação técnica ou científica estamos assistindo nas redes sociais pessoas apresentando ponto de vista como se fosse verdade. Na prática, confundem razão, paixão e conceito. Trata-se de uma atitude deliberada e consciente.