Até prova em contrário, está se transformando em embate político a votação por parte da Assembleia Legislativa de Minas do Projeto de Lei que direciona R$ 11 bilhões dos R$ 37,68 bilhões pagos pela Vale a Minas Gerais, em decorrência da tragédia de Brumadinho em janeiro de 2019. A proposta seria votada nesta terça-feira (22). O presidente do parlamento, Agostinho Patrus (PV), que hoje é oposição ao governo, culpa o Executivo, enquanto este atribui a direção ao Legislativo. O certo é que todo o Estado, e principalmente o Norte de Minas, vem sendo prejudicado. Certamente estão entendendo que acelerar a votação é dar palanque para o governador Zema, que disputará a reeleição.

Polícia Civil
Historicamente, a Polícia Civil de Minas Gerais sempre foi considerada “o patinho feio” da segurança. Hoje, a história não tem sido diferente. O tratamento que o governo do Estado vem dispensando à instituição é simplesmente lamentável. A informação que chega à coluna é a de que houve um corte de 70% na cota de material de consumo. Para se ter ideia, falta até mesmo tonner e papel para o trabalho diário. O mais triste é que todos assistem calados, a começar pela direção da pasta e a classe política.
 
Contradição
Vários setores do serviço público têm agido com incoerência em relação à cobrança por vacinação e o retorno ao trabalho. Ao mesmo tempo que exige a vacina da Covid-19, tem apresentado resistência no retorno ao trabalho presencial. Aliás, a máquina pública de modo geral está parada, apenas exigindo que o setor privado assuma a responsabilidade por tudo.
 
Sede do Bombeiro
O momento é propício para que os deputados estaduais votados no Norte de Minas encontrem uma forma de garantir que parte dos recursos oriundos do Projeto de Lei que direciona recursos pagos pela Vale ao Estado, em decorrência da tragédia de Brumadinho, seja destinado à construção da sede própria do 7º Batalhão de Bombeiros em Montes Claros. Na proposta está previsto a destinação de R$ 36,7 milhões para expansão e criação de unidades da corporação. Entretanto, os locais beneficiados não estão definidos. É preciso que as lideranças políticas da região assumam de fato a bandeira.
 
Comprando a imagem
Tem um pensamento desde a época dos nossos avôs que diz o seguinte: “Tudo que é demais, sobra”. A frase vale principalmente para parlamentares que pagam para aparecer na mídia escrita e, para cumprir a cota, têm divulgado matérias sem conteúdo ou sem qualquer interesse do seu eleitorado. O triste é que, com a atitude, tenta passar uma imagem que não condiz com a realidade. São por essas e outras que em nosso país a imprensa vem perdendo a credibilidade e todos os profissionais lançados à vala comum.