Vários profissionais têm procurado fazer conjecturas ou análise superficial do que pode acontecer em Montes Claros nas eleições municipais. Vários nomes estão sendo colocados e que de fato tem tudo para aparecer nos holofotes do processo. Entretanto, algumas questões já começam a clarear com o afunilamento de nomes. Do lado da situação está o fato de que os pretendentes tendem a ouvir e seguir a orientação do prefeito Humberto Souto. Único nome colocado de forma clara é do vice-prefeito Guilherme Guimarães que, neste período de pandemia, ficou responsável pela implementação das ações do Executivo. Entretanto, não será surpresa se deputados da base se apresentarem como opção. Na oposição, o principal nome continua sendo o da deputada estadual Leninha (PT), que foi a segunda mais votada no município, ficando atrás apenas do deputado Gil Pereira. O fato de ter sido a escolhida para ocupar a vice-presidência da Assembleia Legislativa de Minas fortalece seu projeto. O deputado Paulo Guedes (PT) tem seu espaço, mas, junto ao eleitorado, a professora Leninha é mais próxima aos outros segmentos da sociedade que não a esquerda.
PT à deriva
Neste início de mandato, é visível que a engenharia política do presidente Lula (PT) não tem conseguido fazer a leitura do momento que o país está vivendo. Assessores próximos ao chefe da nação têm pregado uma narrativa que, em vez de unir a nação em torno de um projeto, tem contribuído para o afastamento e fortalecido da teoria do “nós contra eles”. Os próprios acontecimentos no Congresso Nacional deixam claro que, se não houver diálogo com a oposição, teremos um Governo quatro anos travado.
Assalto na roça
Durante reunião ordinária da Câmara de Montes Claros, na terça-feira (31), vereadores denunciaram o crescimento no número de assaltos na zona rural. Tal fato vem ocorrendo, principalmente, durante o dia, como aconteceu na semana passada em Mandacaru. Vale lembrar que o efetivo é insuficiente para cobrir toda área. Aliás, na contramão do processo, a política do Governo Federal tem sido a de desarmar a população rural, deixando-a a mercê de invasores da própria esquerda.
Codevasf
A informação que chega à coluna dá conta de que somente em março o presidente Lula vai discutir o preenchimento dos cargos de terceiro e quarto escalão. Na relação está a Codevasf, em Montes Claros. A disputa está a todo vapor. Até agora não existe a garantia de qual partido será o responsável pela indicação. O PT tem feito articulação diretamente com o presidente Lula. Entretanto, a decisão não foi tomada pelo partido mas, sim, pela bancada de deputados mineiros que apoiam o Governo.