Desde o início da Covid-19, tenho me manifestado favorável às medidas sanitárias de enfrentamento à pandemia. Entretanto, também percebo que o Comitê de Enfrentamento, criado pela Prefeitura de Montes Claros, tem tomado medidas baseadas no chamado processo empírico, que consiste em decisões sem uma avaliação técnica e científica aprofundada. Grande parte das medidas são apenas restritivas, sem qualquer fundamento. Um dos exemplos é a restrição de horário no comércio de modo geral, inclusive do Mercado Municipal, restaurantes e outros locais. Tais medidas, ao invés de restringir o fluxo de pessoas, contribui para a aglomeração. Se estendessem os horários, permitindo uma maior flexibilização, é evidente que distribuiria o público, seja durante o dia, seja no período noturno.
Feira São José
Analisando as várias medidas de enfrentamento à Covid-19 em Montes Claros, que vão na contramão do aceitável, temos como exemplo a “Feirinha do Bairro São José”. De acordo com o decreto vigente, o horário de funcionamento permitido é das 15h às 18h30. O resultado é que, neste horário, os feirantes que trazem a mercadoria da roça veem seus hortifruti queimarem no sol, além de não terem clientela nessa parte do dia. Quando os clientes estão chegando, é o horário determinado pela prefeitura para o encerramento. Por qual motivo a feira não pode ser à noite, como antes?
Mais restrições
Outra medida adotada pela prefeitura que vem sendo questionada se refere aos artesãos, que foram também colocados como vilões da pandemia. Estes estão há dez meses sem trabalhar, passando por sérias dificuldades. Na mesma situação podemos citar a praça de alimentação da Feira do Bairro São José, que foi proibida, enquanto bares e restaurantes são permitidos. Trata-se de “dois pesos e uma medida”. Em nota encaminhada à coluna, a coordenação da feira comenta: “Estamos pedindo para trabalhar e não para nos divertir”.
Januária
Em coluna anterior, divulgamos notícia de fonte, que apresentava como certa o desejo do prefeito de Januária, Maurício Almeida (PP), de disputar em 2013 uma cadeira na Câmara Federal e que o vice-prefeito, Marlon da Cemig (MDB), assumiria a vaga. A este respeito, o próprio Maurício comentou que a sua decisão é de completar o mandato de prefeito para o qual foi eleito. Garantiu que não existe nenhuma possibilidade de mudar de rota.
Presidência do Senado
É fato que nós mineiros estamos felizes com a eleição do senador Rodrigo Pacheco (DEM) para a presidência do Senado Federal. Entretanto, as atenções estão voltadas para o formato que pretende empreender na condução do trabalho daquela Casa, principalmente em relação às pautas. É que para sua eleição, Pacheco não contou apenas com voto da direita, já que teve o apoio dos partidos de esquerda, a exemplo do Rede e do PT.