De forma constante, tenho sido acionado por leitores para uma avaliação do panorama da disputa eleitoral, na majoritária, em Montes Claros. Primeiro é preciso ter em mente que análise política é igual previsão do tempo e só serve para o dia e o restante é possibilidade de acontecer. Se as convenções fossem hoje, teríamos dois nomes destacando ligados a administração municipal: o atual vice-prefeito, Guilherme Guimarães e o deputado estadual Gil Pereira (PSD). Na oposição, a dúvida é se será o deputado Paulo Guedes (PT) ou a deputada Leninha(PT). É que a decisão envolve uma série de questões, a começar pelo envolvimento do diretório estadual e nacional. Falam numa terceira via, que seria o suplente de deputado Délio Pinheiro, mas acredito que até lá “deve perder muita gordura” e seu nome deve aparecer como “moeda” de negociação. Ainda tem a incógnita da candidatura de Ruy Muniz.
Situação dos pré-candidatos
Quando citamos que se as eleições em Montes Claros fossem hoje, apenas o grupo do prefeito Humberto Souto e do PT estariam nos holofotes do processo, levamos em consideração principalmente as manifestações dos deputados votados no município. O deputado federal Marcelo Freitas (UB) e o deputado estadual Tadeuzinho declararam que participarão apenas como apoiadores. Já o ex-deputado Carlos Pimenta (PDT), no momento está fora dos holofotes e se tiver interesse em concorrer, primeiro terá que discutir com o suplente Délio Pinheiro e ver quem está melhor avaliado pelo eleitorado. O deputado Arlen Santiago, a princípio ainda não colocou seu nome no radar do processo.
Dificuldade de Délio
Uma pergunta comum feita a este jornalista é se o suplente de deputado federal Délio Pinheiro tem chances reais de ser candidato a prefeito de Montes Claros em 2024. A princípio pelo fato de ter sido o deputado federal mais votado em Montes Claros em 2022, com 39.288 votos, podemos dizer que sim. Entretanto, é preciso levar em consideração que a disputa municipal é totalmente diferente da federal e envolve outros apelos. A dificuldade principal que ele encontrará é de estrutura. Uma eleição majoritária, numa cidade do porte de Montes Claros,não é barata. Hoje, por baixo, é necessário cerca de dois milhões, só para começar.
Fiemg Regional
Até bem pouco tempo, a Fiemg Regional Norte sempre apresentava pauta para discutir as demandas, ou apresentar resultado das negociações com empresários com interesse no Norte de Minas. Do início da pandemia da Covid-19 até o presente momento, as reuniões foram praticamente abolidas. Aliás, a direção da entidade costumava participar de reuniões promovidas por outras entidades de classe, o que não mais acontece. O que será que está acontecendo?