A coluna saiu na frente ao divulgar, com antecedência, que o professor Wagner Santiago seria o indicado para a reitoria da Unimontes. Vários leitores entenderam que foi um risco a antecipação, uma vez que na eleição da universidade, o primeiro colocado foi o professor Antônio Avilmar. Vale ressaltar que a decisão é exclusiva do governador Romeu Zema (Novo). A escolha do segundo colocado não é nenhuma surpresa. Em 2018, coube ao então governador Fernando Pimentel (PT) a indicação do professor Avilmar – que foi o segundo colocado e professor Wagner, o primeiro.
Desmontando o palanque
É preciso que importantes órgãos de imprensa deste país – que se posicionaram contrário aos atos do então presidente Bolsonaro (PL) e fizeram campanha para o presidente eleito Lula (PT) – desmontem o palanque e se preocupem em reconquistar a credibilidade junto à população. Como o objetivo foi conquistado, é hora de voltar à realidade. Sabemos que a sobrevivência financeira foi o foco, mas a insistência em continuar agindo como se estivesse em campanha poderá fazer com estes órgãos se responsabilizem, inclusive, pelas ações contrárias ao interesse da população.
Previsão para o país
Eleitores que votaram em Bolsonaro estão vivendo momento de ressaca por terem acreditado que poderia haver uma reviravolta no processo, o que é natural. Por outro lado, eleitores de Lula vivem clima de festa e euforia, o que também é natural. O certo é que ainda é cedo para fazer qualquer tipo de avaliação ou previsão. O fato de a esquerda ter assumido a direção do país, não garante e nem determina que as regras adotadas em outros países de esquerda sejam aqui aplicadas. As eleições do ano passado mostraram um equilíbrio do eleitorado, o que vale dizer que a oposição ao governo será mais presente.
O Brasil Ganha Fôlego
O senador mineiro Rodrigo Pacheco, que declaradamente apoiou Lula (PT) nas eleições do ano passado, continua agindo com euforia e comemora a posse. Chegou a declarar que “o Brasil ganhou fôlego”. Além de ter feito oposição a Bolsonaro, como forma de agradar o STF, hoje age pensando no apoio palaciano para renovar a sua continuação na presidência do Senado. Na prática, Pacheco sabe que sua fatura só chegará em 2026, quando terá que ser novamente avaliado pelas urnas. Hoje seria uma missão difícil renovar seu mandato, já que não é candidato da esquerda e já não tem mais o apoio da direita.
Hipocrisia
Sem qualquer viés político, entendo como covardia e falta de caráter a forma com que setores da imprensa e da política estão condenando Bolsonaro antes de ser apresentado, formalmente, denúncia contra ele. Já antecipam posição do Judiciário, levado pelos últimos posicionamentos.