É fato que o PT em Montes Claros vai lançar candidato na majoritária e que o partido, através da direção nacional, tem estrutura financeira suficiente para bancar a campanha na cidade. Por estar entre os municípios onde haverá o segundo turno é tido como prioridade. No meu entendimento, o que o partido precisa é alinhar o seu discurso que não pode ser o mesmo que vem sendo feito em todo o país. No sábado, quando da reunião realizada na Câmara Municipal, com a presença da presidente nacional Gleisi Hoffmann, o deputado Paulo Guedes (PT), que é pré-candidato a prefeito, aproveitou a plateia para fazer críticas à administração, citando com ênfase os setores de saúde e educação. Entendo que o parlamentar erra quando não percebe que a atual administração continua bem avaliada pela população e esse discurso na prática não convence. A forma que conseguirá chegar ao eleitor é apresentando propostas próprias, até porque o prefeito Humberto Souto não é candidato.
Sam na Bahia
O Chefe Executivo Officer (CEO), JinYongshi participou, na sexta-feira, em Salvador, do Fórum Bahia-China de Cooperação e Estudos, projetos e negócios, promovido pelo Governo da Bahia. Em sua fala Jin, entre outras questões, apresentou o projeto do mineroduto que será utilizado para transportar minério de ferro do Norte de Minas até o Porto Sul em Ilhéus. A previsão é do transporte de 27,5 milhões de toneladas de concentrado de minério de ferro extraído e beneficiado na região de Grão Mogol até o Porto Sul.
Eleição 2026
É fato de que as eleições de 2024 serão consideradas uma prévia do que poderá acontecer nas eleições de 2026. Dentro deste panorama é possível afirmar que o Governo Federal vai jogar pesado para tentar eleger o maior número de prefeitos possíveis, principalmente nas grandes cidades. O quadro hoje no geral é desfavorável. Quanto à disputa nacional, a direita parece melhor organizada e engajada, o que pode ser percebida principalmente na mídia. Um dos erros da situação é não ter até o presente momento desmontado o palanque eleitoral e focar exclusivamente na figura do ex-presidente Bolsonaro. O próprio presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), em recente entrevista, comentou que a direita vem forte. Quanto à esquerda, além de depender do resultado positivo da economia, depende da pacificação do país. O enfrentamento na maioria das vezes só prejudica quem está no poder.
Eleição e o TSE
E falando em eleição de 2026, uma das preocupações da esquerda é o fato de que quando do pleito eleitoral a chance do TSE ser presidido por Nunes Marques, baseado no rodízio, é o mais provável. Ele foi eleito para cargo de membro efetivo do tribunal com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.