Não será novidade se a proposta do adiamento das eleições se transformar em uma novela. Apesar de acordo feito entre os presidentes do TSE, Câmara, Senado e líderes de partidos, que definiram a data de 15 de novembro para a votação de primeiro turno, na Câmara não existe garantia de aprovação. Já o Senado admite votar na terça-feira (23) uma PEC sobre o adiamento. O problema é que a pressão de prefeitos, junto aos deputados, para manter a data de 5 de outubro dividiu a Câmara Federal. O próprio presidente Rodrigo Maia admite a necessidade de buscar um consenso, sobre risco de a proposta ser derrotada em plenário.

 

Apesar dos vereadores do MDB em Montes Claros fazerem parte da base de apoio à administração do prefeito Humberto Souto, a agremiação, até o momento, não definiu o caminho que adotará no pleito eleitoral deste ano. A única certeza é de que não terá candidato na majoritária e que dificilmente caminhará com o PT, já que estaria fortalecendo a base da deputada estadual Leninha, que disputa no município o mesmo espaço do presidente do MDB, deputado Tadeu Martins Leite (Tadeuzinho). A possibilidade da agremiação ficar fora de composição é hoje o desenho mais claro.

 

Não precisa ter bola de cristal para perceber que a vulnerabilidade da saúde do Norte de Minas está ligada, diretamente, à centralização na distribuição de recursos, seja dos governos estadual e federal, como das próprias emendas parlamentares. É possível afirmar que do total, 80% a 90% dos recursos que são destinados à região ficam em Montes Claros e, mesmo assim, o sistema encontra-se estrangulado, sem conseguir atender a demanda regional. Continuo com a opinião de que a descentralização seria o melhor caminho.

 

De quinta para sexta-feira, em Montes Claros, “choveram” comentários e críticas, nas redes sociais, a estabelecimentos comerciais, especialmente barzinhos, que com a abertura autorizada pela prefeitura não respeitaram as medidas sanitárias determinadas para evitar a proliferação da Covid-19. Provocaram tumultos, principalmente no que diz respeito ao distanciamento de mesas e pessoas. A este respeito, entendo que não podemos retroceder. Se houver necessidade de medidas mais rígidas, que seja contra os que não estão obedecendo às determinações. Os justos não podem pagar pelos pecadores.

 

Contrariando qualquer manual ou regra para profissionais da imprensa, estamos assistindo jornalistas e apresentadores de televisão emitindo opinião nas matérias, caracterizando pré-julgamento. Cabe aos profissionais da comunicação divulgar os fatos, deixando a análise e opinião aos telespectadores. Opinião, cabe em artigo e colunas assinadas.