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Os 25 anos de publicações de Glorinha Mameluque

Publicado em 27/10/2022 às 23:52.

Glorinha sempre foi leitora assídua e, assim sendo, tinha grande desejo de escrever. Como o escrever está no ler, ela escreveu crônicas para jornais, mas ambicionava escrever um livro; apaixonada pela família, sendo mãe de quatro lindos filhos (dois casais), direcionou-se para a escrita de seu primeiro livro: “Memórias de um álbum de família”, no ano de 1997. Não poderia ter um ponto de partida melhor do que a partir da família.

O padre Alencar assim escreveu a respeito do livro:

“Após mais de 20 anos de trabalhos com a família ,onde coloca toda a sua alma e dedicação, Glorinha lança sua experiência para que possamos partilhar de sua entrega no dia a dia da família. Pessoa dedicada ao lar, ao esposo e aos filhos e agora, também, aos nove netos; sempre acha momentos para atender aos casais que a procura.”

Muito oportunos a escolha do título do primeiro livro da Godoya e as palavras eruditas do padre Alencar; pois vivemos num momento em que a família tem sofrido o grande isolamento e distanciamento uns dos outros.

A família não precisa ser grande nem pequena, não precisa ser rica e nem pobre. Numa sociedade de consumo, facilmente nos deixamos escravizar pelos $$$. Nossa cultura tornou o homem uma força de produção: ele vale pelo que rende em cifrões, assim como os escravos valiam pelo vigor físico. Nós carecemos como família do Espírito Santo que a tudo e a todos ilumina e que imprime o amor, substituindo os cifrões.

Com a família em plena crise, divórcios, separações, intrigas, traições, torna-se difícil procurar uma família a que possamos intitular “modelo”.

Voltemos no tempo até o ano 747 da história de Roma, quando Otávio, o chamado César Augusto, era imperador. Na Palestina, uma subdivisão da província romana da Síria , os varões deveriam se apresentar na terra de origem da família a que pertencesse. Por esta razão, vamos encontrar José e sua esposa Maria deixando Nazaré onde moravam , rumo a Belém – cidade de Davi – onde iam cumprir a lei.

Em passo de burrico, o meio de transporte com que mesmo os mais pobres poderiam contar, a viagem de 150 Km teria durado uns quatro dias E foi numa gruta , numa estrebaria , que a jovem senhora “ deu à luz seu primogênito e o enfaixou e o deitou numa manjedoura” – seu primeiro berço.

Na casa deles, tudo era simples, exceto a suntuosidade dos lírios, das verbenas e das buganvílias que se debruçavam sobre a cerca e eram regados por Maria. No seu interior, lâmpadas de barro forneciam apenas uma tênue luz. Contudo, naquele lar havia uma luminosidade incomum: ali a graça de Deus os alcançava dia a dia.

Jesus, era este o nome do filho, cresceu entre os galileus, brincou com os meninos de sua idade, e deles imitou os costumes. Foram José, Maria e o filho Jesus uma família muito simples : uma família modelo, uma família sagrada uma família cujo exemplo até hoje percorre o mundo mostrando aos homens o que é a simplicidade e o amor. 

Glorinha deve amanhecer e não anoitecer de tanto agradecer a Deus pela sua família. E como tão bem disse o padre Alencar, ela sempre encontrou um momento para estar com a família.

Na sua última antologia, lançada no dia 24 – Ressignificando a vida –, Glorinha quis que na capa da mesma que as suas mãos fossem retratadas como um memorial para os seus descendentes, mas as mãos dela já estão eternizadas através de seus escritos tão imprescindíveis para o mundo em que vivemos e imortalizadas nas mãos de sua prole tão bem orientada por ela. 

Que o seu exemplo, a sua ousadia , inspirem muitas mulheres a se libertarem de suas celas emocionais através do Evangelho e da Palavra escrita.

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