“Criança bem comparando/ Num sentimento profundo/ É um lenço branco enxugando/ O eterno pranto do mundo”. Cândido Canela.

“Passando eu pela vida/ Quero ser como criança/ Do mal ele esquecida/ Só do bem guarda lembrança”. Terezinha Campos

Rabridagnat Tagore, poeta indiano escreveu:

“Cada vez que nasce uma criança, ela nos traz a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança dos homens”.

Sou encantada com a criança. Lidei com ela no Ministério do Magistério e muito com ela aprendi sobre fidelidade, amor, respeito e reverência. Ela já nasce com as letras impregnadas no seu sangue, nervos, músculos e ossos e, à medida em que vamos trabalhando e convivendo com ela, de seus poros vão brotando gotas sob forma de letras, frases e textos, que vão dando origem aos livros.

Foi o que aconteceu com o Samuel Rabelo, um escritor, então menino de Coração de Jesus MG, que desde os três anos de idade sempre gostou de ler e inventar historinhas; ele é autor de dois livros infantis: A Turma do Vilarejo e o Gato Que Nunca Comeu Rato. Samuel Rabelo me encantou e me apaixonou com histórias tão lindas, que se transformaram em livros. Livros lindos e com ilustrações! Tive o privilégio de prefaciar o seu segundo livro, O Gato Que Nunca Comeu Rato. Hoje Samuel segue carreira estudando Medicina nas Faculdades FUNORTE. Um menino hoje adolescente, que impressiona com sua postura humana e dedicação.
Nós precisamos conviver com as crianças, experimentar de seu amor; pois como bem disse o poeta Carlos Drummond de Andrade: “Pois de amor vivemos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar e ir para frente”.

Deus me deu a graça de conviver com muitas crianças! Quantas? Tantas!!!! Um sem número incontável de crianças com vários temperamentos e com a capacidade de ver a vida de seus vários ângulos; isso a partir de minhas crianças, depois das dos outros, outros e outros até não mais completar minha coleção. Continuo a colecioná-las. E hoje venho falar-lhe de uma que nasceu de um ser que também faz parte de mim. É filha de um ex-aluno. Ana Cecília aos seus oito anos de idade acaba de publicar um livro com o apoio da professora, Ana Paula do Colégio Prisma, onde ela estuda, além do apoio da escola ela pode contar com sua família; já publicou um livro e promete que outros virão.

Uma criança que lê um livro de histórias desenvolverá muito mais seu intelecto do que aquela que fica passiva diante de uma TV por horas a fio. Isso já foi comprovado em testes. A TV exige pouco da mente. Já a leitura exige muito mais. É exercitando mais a mente que a criança irá melhorar na escola, onde sua mente é mais solicitada nos trabalhos escolares. A TV gera preguiça.

A memória do homem é tão fantástica e complexa que difere de tudo que ele cria. Uma máquina , por exemplo, quanto mais é usada, mais desgasta. O cérebro quanto mais usado, melhor fica. Deve-se dar à criança a oportunidade de ter o prazer da leitura. E o exemplo dos pais é mais eficaz do que qualquer discurso.

Ana Cecília é uma menina leitora e se encanta com livros com os conteúdos próprios de sua idade. Ana Cecília lê constantemente; daí a sua capacidade e interesse pela escrita.

Só quem lê terá a capacidade de escrever. Mesmo porque: Quem lê sabe mais; quem lê pensa melhor; compara ideias; fundamenta opiniões; absorve experiências; quem lê é até mais respeitado.

E, por isso tenho a honra de lhe participar que nasce nos claros montes de minha querida Montes Claros MG mais uma escritora montes- clarense: ANA CECÍLIA OLIVEIRA DE SOUZA E SOUZA.