Certamente o mês de agosto é portador de muitas festas; são muitos os eventos que se desenrolam nesse mês; mas em Montes Claros as festas de agosto tem um caráter diferente das outras festas. A cidade está enfeitada com fitas coloridas, distribuídas pelas ruas da cidade, como se fossem bandeirolas.
Elas colorem a cidade trazendo aquela beleza que paira no ar; o sol com seus raios dourados nasceu com mais vigor no dia da abertura trazendo mais calor para abrilhantar a tão esperada festa de agosto. Ele ilumina as ruas, ilumina as fitas, como que soltas a se balançarem sopradas pelo vento ondulado, que as reviram para lá e para cá deixando-nos a ouvir o bailado delas.
É o maior evento popular-cultural que sacode Montes Claros de norte a sul, de leste a oeste. A festa foi aberta no dia 16, terça-feira com o terno de nossa Senhora do Rosário, liderado pelo mestre Zanza Júnior, que no dia 11 quinta-feira teve um preâmbulo no Sesc Montes Claros, na abertura do Sonora Brasil.
“O Sonora Brasil é um projeto temático que tem como objetivo trazer ao público expressões musicais pouco difundidas que integram o amplo cenário da cultura brasileira.
O caráter histórico e documental deste projeto viabiliza a proposta do Sesc dentro da ação programática de cultura ao se constituir como uma ferramenta de enriquecimento intelectual dos indivíduos, propiciando-lhes uma consciência mais abrangente e aberta a meios mais estimulantes e educativos da aquisição da cultura universal. Revista Sonora Brasil – Carlos Artexes Simões – Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc.
Quando os catopês vêm com o seu sapateado o asfalto vibra, as árvores balançam ao som dos tambores e pandeiros e, nós nos emocionamos com o canto nostálgico deles indo e vindo, vindo e indo se entrelaçando uns nos outros e voltando-se aos lugares de origem sem nenhuma perplexidade num compasso simétrico, matemático ao som das vozes e dos instrumentos, que nos enlaçam, que nos sensibilizam fazendo escorrer no semblante grossas lágrimas de emoção.
Montes Claros é um pulsar cadencioso do coração é um circular sanguíneo que não há quem não discirna: Catopê tá no sangue dos montes-clarenses; tá no sangue dos que amam o belo, que trazem a beleza da sensibilidade e do sentimento de amor, alcançados pelo batuque, pelos passos ritmados e pelas vozes bem colocadas de homens e mulheres , que buscam preservar a tradição , conservar o folclore e valorizar a história ancestral para as gerações futuras.
Salve os catopês! 181 anos na lida, na luta pela permanência do maior evento popular cultural embelezando os claros montes de minha querida Montes Claros.