“Era uma vez um menino, que tinha o triste destino/ De trabalhar para o mal quebrava a louça por troça/ Botava fogo na roça escancarava o curral.” Joaquim Queiroz filho.
Era uma vez. Essas palavras mágicas tinham o condão de atrair pessoas para perto de quem as pronunciava. Era uma vez era o prenúncio de algo bom , ou triste, ou inquietante , que vinha encher a mente e o coração. A Arte de contar histórias vem desde os primórdios da humanidade. É um instrumento capaz de servir de ponte para ligar as diferentes dimensões e conspirar para a recuperação dos significados que tornam as pessoas mais humanas, íntegras, solidárias, tolerantes e dotadas de compaixão.
Todos gostam de ouvir histórias. Assentados no chão, ao redor d’uma fogueira ou assentados nos bancos ou cadeiras ou carteiras em sala de aula. Ouvir histórias é muito aprazível! Mas o meu grande prazer é conta-las para crianças ou adultos para quem está triste ou alegre. Eu amo contar histórias.
Desenvolvo um projeto há bastante tempo que é levar a história nas escolas, dentro de Montes Claros ou fora dela. Já percorri uma boa parte desse norte de Minas contando histórias para as crianças e motivando os adultos.
A maneira de apresentar a história é bem diversificada com materiais para ilustrá-las, gravuras, sob forma de poesia, histórias cantadas; há muitos recursos com dramatizações, fantoches. São muitos maneiras e com o exercício de conta-las outros meios vão surgindo.
“Para contar história não basta apenas ler, mas também interpretá-las com arte. Uma história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente em seu enredo, por isso deve ser lida muitas vezes e atravessar muitos caminhos.”
Lembro-me de quando fui professora. Os alunos aguardavam a sexta-feira, porque iriam ouvir história; e quando eu pregava no quadro de giz a frase: É HORA DE HISTÓRIA. Havia um brado de alegria e palmas para receber aquele momento mágico.
É uma arte contar história e qualquer um pode fazê-lo revestidos de amor, humildade e apreço pelos ouvintes. A história está em toda parte; é uma riqueza em seus padrões éticos, morais, intelectuais e espirituais.
E creiam-me! Eu vi muitas vidas infanto-juvenis transformadas pelo exercício de ouvir histórias. Contemos histórias. Edifiquemos o caráter de nossas crianças. Ensinemos os reais valores morais e espirituais com os quais ela poderá transpor os desafios que a vida impõe.
Comece com: Era uma vez...” Porque um joelho ralado dói menos do que um coração ferido” pela decepção, ansiedade, preocupações desnecessárias e pelos medos infundados, que vão corroendo-o sem piedade.
Comece com Era uma vez...