Participar de um evento artístico é sempre prazeroso, mas para o artista plástico PCD Ton Coutinho, o Congresso de Artes realizado na Décima Igreja do Evangelho Quadrangular foi mais do que especial — foi motivo de honra. Pela primeira vez, ele se lançou em uma experiência inédita: realizar uma pintura ao vivo, dentro e fora do ambiente eclesiástico.
“Foi gratificante. Nunca tinha feito algo semelhante. Pintar ao vivo é completamente diferente de estar no meu ateliê. Ali, você está sendo observado, filmado, é um momento de entrega”, relembra Ton.
O evento, que reuniu diferentes expressões como música, dança, teatro, pintura e pregação, teve como tema “O Despertar”. E foi justamente essa temática que inspirou sua criação: uma borboleta saindo do casulo.
“A imagem da borboleta representa para mim uma renovação diária. Cada dia que acordamos é um novo despertar. Saímos do casulo, e precisamos lembrar que temos asas. Na minha trajetória artística não é diferente: cada exposição é um lembrete de que posso voar mais alto”, reflete o artista.
Ton compartilha que a arte tem sido um instrumento de inclusão e superação em sua vida. “Os maiores desafios foram comigo mesmo, com a autoaceitação. Mas graças a Deus, a arte tem me ajudado a me aceitar e me incluir em espaços que eu nunca imaginei estar. Já participei de exposições e viagens incríveis, tocando corações com meu trabalho.”
Seu trabalho é marcado pela sensibilidade, fé e musicalidade. “Sem fé, é impossível fazer arte. Desejo que todos sejam tocados pela mensagem que procuro transmitir — uma mensagem de paz, amor e esperança”, afirma.
O impacto foi imediato. Ton recebeu diversas mensagens de pessoas emocionadas com sua pintura no congresso. E os projetos não param: em agosto, ele prestará homenagem a Elias Siufi com uma pintura em um rádio, no Montes Claros Shopping, além de participar de uma exposição coletiva intitulada “Imperfeita”, em Botucatu, no Clube dos artistas da Adriana Scartaris, curadora do evento.
“Que a arte esteja em nós, e que tenha propósito. Quem sabe, por meio dela, vidas possam se encontrar com Cristo, o autor da nossa fé. Ele é a arte maior, a salvação que recebemos de graça, pelo sangue derramado na cruz.”
Ton Coutinho transforma tinta em testemunho, e tela em território sagrado. Sua arte vai além do estético: é um chamado ao despertar espiritual e à esperança.