A autoverdade determina uma narrativa baseada em certezas que não têm ligação com a realidade. É a verdade pessoal e autoproclamada. Fora do real, a verdade de um agride fatos, documentos e o testemunho de muitos. Desconectado do mundo verdadeiro, vivendo uma realidade paralela, é inútil argumentar com o interlocutor usando provas, porque para ele a única verdade que conta é a do seu ideário de convicções baseadas na mentira repetida mil vezes. Essas falas delirantes, cujo interesse é conquistar mentes e vencer na política, vai impregnando almas, inocentes ou não. Para cada lado, quem não sabe a verdade é quem pensa diferente.
Se há quem se diga dono da verdade absoluta, há quem se apegue ao niilismo: 1: redução, aniquilamento; 2: descrença absoluta; 3: doutrina segundo a qual nada existe de absoluto; 4: Não há verdade moral, nem hierarquia de valores.
Nefelibata é substantivo comum de dois gêneros que significa: 1: aquele que busca se esquivar da realidade, quem vive ou anda nas nuvens; 2: que é muito distraído; ou quem não tem o sentido da realidade; 3: escritor excêntrico que não cumpre as regras literárias, sendo pedante, pretensioso, empolado, estravagante, rebuscado, demasiadamente cultivador da forma. Faz prosa e versos nebulosos, herméticos, indecifráveis.
No sentido figurado e pejorativo, nefelibata significa alguém idealista cujo mundo não lhe serve e por isso foge da realidade. Tem origem do grego "nephele" - nuvem e "batha" - em que se pode andar.
Paulo Mattos escreveu "No mundo da lua", um dos principais livros sobre TDAH – Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade, que se caracteriza por desatenção, impulsividade e hiperatividade física e mental. Nos meninos a hiperatividade é mais preponderante, já nas meninas é a desatenção. Na escola, olham ao longe como se não estivessem ali, mas em outro mundo e por isso fracassam nos estudos.
A hiperatividade é uma aceleração física e mental, sem razão de ser. A maneira de o cérebro do hiperativo funcionar é diferente. Alguns profissionais da área mental não acreditam que esse transtorno exista, mas a hiperatividade é real, gerando antipatia em quem vê a criança em ação. Começa a fazer muitas coisas ao mesmo tempo, mas a desatenção não a deixa terminar nada. A impulsividade aborrece os demais, porque não cumpre normas, fura fila, atrapalha a brincadeira e ao mesmo tempo desobedece e transgride.
O que mais incomoda os pais – alguns não aceitam que o filho tenha uma alteração de comportamento -, é o mal rendimento escolar. Muitas vezes os estudantes repetem de ano, e alguns precisam de assistência extraclasse, mesmo quando manifestam o hiperfoco e habilidades surpreendentes em atividades específicas.
Para o irreal, um choque de realidade e para cada sintoma, um diagnóstico e um tipo de tratamento. O que funciona para o TDAH são sessões de psicoterapia e os psicoestimulantes cerebrais metilfenidato ou lisdexanfetamina, que organizam a mente do desatento, favorecendo a atenção e o foco.