Quem desarma um relacionamento amoroso não faz isso por gosto. Até um cafajeste sente desconforto em terminar algo que foi bom, e que não é mais. Não se rompe algo concreto, sem deixar marcas, sem magoar alguém.
Ainda assim, quem formalizou a ruptura costuma sentir-se por cima, enquanto o preterido engasga-se na espera de uma reconciliação que não vem. Há um desequilíbrio de forças. Muitos adultos já estiveram nos dois lados dessa situação, enquanto os dias mostram que a volta não acontecerá. Quem foi abandonado tem dois caminhos: humilhar-se ou conformar-se.
Os sentimentos do excluído são os piores possíveis. Para quem não se valoriza, e tem pequena estima por si mesmo, acaba por se sentir menor do que é. Como lidar com esse desvalor, sem perder a compostura? Alguns optam por implorar.
Há pessoas que retornam à infância quando contrariadas, agindo como criaturas regredidas. Daí a explicação para aqueles que rogam por migalhas, assim como a existência de perseguições, agressões e até de feminicídios com plateia, em meio a festas, com todos os comemorativos da insanidade mental.
Inteligência Emocional, termo descrito em 1990 por Peter Salovey e John D. Mayer, é a “habilidade de perceber e exprimir emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, saber regulá-la em si próprio e nos outros”. Assim, “a Inteligência Emocional é um conceito em psicologia que descreve a capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a aptidão de lidar com eles” (Wikipédia).
A Inteligência Emocional tenta equilibrar decisão, ação e amor próprio, fazendo a diferença entre tomar uma posição altaneira ou mendigar atenção a quem lhe despreza. Ser digno ou indigno. Faça sua escolha!
Quem consegue amadurecer pensamentos e sentimentos, também lida de forma sublime com as dores das rupturas amorosas. Quem tem Inteligência Emocional consegue pensar, sentir e agir de maneira consciente, domando suas emoções, não as deixando controlar sua vida.
Ainda que se sinta desmoronar, assuma o comando, principalmente num final de namoro/casamento, um dos melhores momentos para verificar quem manda nas reações desencadeadas por seus abalos morais.