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Quinta-Feira,5 de Dezembro
Mara Narciso

Notícias do FLAM

Publicado em 06/05/2024 às 19:00.

Está no ar o 3º FLAM – Festival Literário do Autor Montes-clarense 2024. As duas versões anteriores surpreenderam os organizadores pela dimensão que tomaram, pois acabaram grandes, movimentados, marcantes. Ao chegarem longe, levaram a literatura aos interessados em ler, os antigos ou os assim tornados pela atividade específica do FLAM.

A ideia surgiu no início de 2022 quando Júnia Rebello, presidente da Academia Feminina de Letras, pensou nos muitos livros produzidos pouco antes e também depois de começada a pandemia, que não foram lançados de forma adequada e não tiveram a repercussão esperada. Havia uma demanda represada, e daí seu rosto iluminou-se, imaginando não uma feira, nem mesmo uma festa, mas um festival, decisão tomada e depois concretizada pela parceria entre a Academia Feminina de Letras e a Academia Montes-clarense de Letras. A ideia é colocar os holofotes sobre o autor nascido ou radicado em Montes Claros. São muitos, sendo 260 apenas quando se considera os ligados às Academias de Letras.

No Centro Cultural Hermes de Paula, o núcleo do evento são os lançamentos de livros, de seis a onze de maio, às 19h30m, dois autores e duas obras por noite, quando podem falar de si, literariamente, do seu livro, da sua inspiração e método de criação. Então, há uma interação com o público, variado e móvel, pois cada escritor traz pessoas da sua relação, grupo diversificado a cada rodada. Ao redor dos autores, há uma grande livraria com amplas mesas livreiras, repletas de exemplares, convidando o leitor a tocá-los, a lê-los, pois o livro só existe quando está sendo lido. Fora isso são folhas mortas.

Paralelamente, em visitas de estudantes pela manhã e à tarde, levados pela escritora Éllen Santa Rosa, da Trilha da Leitura, acontecem contação de história e teatro; para o público adulto há rodas de conversa, palestras e oficinas literárias.

Este ano temos uma equilibrada simbiose das academias que se desfazem como entidades em si, para fazer emergir um elemento maior que é o FLAM em sua terceira edição. Os autores deste ano são: Wanderlino Arruda, Míriam Carvalho, Terezinha Escobar, Aroldo Pereira, Dóris Araújo, Éllen Santa Rosa, Káritas Lacerda, Heberth Halley, José Antônio Coutinho, Karla Celene e Tida Carvalho.

Durante a criação solitária, o autor toma a palavra, fala de si ou o seu personagem fala por ele. Pode basear-se em fato ou tudo escrito poderá ser ficção. Em pouco tempo pode encerrar um texto, ou demorar dias em uma página. O estilo, tema e disparo para o início de uma criação cumpre uma infinidade de rituais, de possibilidades em gênero e temas, mas o que importa a todo e qualquer autor é ser lido e comentado, receber um retorno do leitor. A plateia participativa é um estímulo constante no FLAM, desde seu começo. E que se fidelize à literatura e não a deixe escapar.

Os famosos podem fugir ao assédio, mas poucos haverão de desprezar o sucesso. Então vem uma questão filosófica: afinal, o que é o sucesso? É o que estamos vendo com o 3º FLAM, graças a sua presença, a maior motivação do Festival.

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