Há pessoas que são depositárias naturais da história da família e a elas são confiados vários segredos. Esta foi a natural função da minha tia Maria Josefina Narciso Mendonça – Nininha, que congregava a família, sendo a que mais recebia visitas de parentes, acumulando relatos de todos os gêneros.
Nascida em 20 de setembro de 1932, morreu em 4 de janeiro de 2022, aos 89 anos. Abaixo, depoimentos de quem a conheceu:
Valéria Lessa – sobrinha e afilhada: “Perdi uma parte de mim. Essa é a sensação de hoje. Acho que nunca vou me acostumar com sua ausência. Toda Páscoa, Natal, aniversário tinha um café e uma segunda mãe me esperando. E agora, como vai ser?”.
Marly Narciso Lessa - irmã: “Todos nós estamos nos sentindo ainda mais órfãos, Valéria. Você tem razão, ela, quando se referia a você, filha, dizia: a nossa menina. Madrinha é segunda mãe. No Céu estará velando por nós”.
Maria Inez Narciso - irmã: “Seu nome é Amor, seu sobrenome é Acolhimento. Acordamos menores hoje. Saudades para sempre!”.
Lívia Cabral – neta: “Sabe o mais lindo? Suas recordações são de fé, superação e amor desarmado numa simplicidade e ternura encantadoras. Era uma galinha com todos seus pintinhos debaixo das asas. Enfrentou as mudanças do mundo e das pessoas e defendeu a liberdade de cada um ser como queria. Não tinha preferidos e sim, conselho para todos. Sabia corrigir e ser firme como ninguém. Dentro de um corpo pequeno e frágil habitava a maior força do mundo. Teceu sapatinhos para todos os seus bebês queridos, construindo intuitivamente uma rede de amor. A dor e solidão que sinto hoje perdem para a gratidão de ter vivido com ela o maior amor do mundo”.
Kátia Vanessa Pires – sobrinha: “Ninguém a chamava de forma correta porque o nome dela foi Amor e o sobrenome Incondicional! Ela tinha tal sentimento para com todos e o distribuía gratuitamente. Acolhia quem a ela recorresse! Amar-te-ei para sempre, tia Nininha, nossa Rainha!”.
Mara Narciso – sobrinha: “Tia Ninha foi um derramamento de amor, carinho e atenção para todos. Reservava um agrado afetuoso aos que iam visitá-la, para que todos se sentissem amados, queridos e especiais. Era compreensão e colo. Enfrentava os oponentes dos seus queridos com valentia e força. Nossa grande matriarca, sua memória merece todas as reverências!”