Mara Narciso

Leitura da Mídia Alternativa

Publicado em 09/10/2023 às 19:00.

A mídia alternativa ou progressista pode ser vista, ouvida e lida. Para melhor acompanhar os acontecimentos fartos de imagens, versões, narrativas, interpretações e opiniões é preciso diversificar as fontes com atenção especial aos seus editoriais.

É bom conhecer fatos a partir de diversas publicações, ocasião em que se verificará que alguns deles parecem provenientes de dois mundos, naquela visão do copo com água pela metade: meio vazio ou meio cheio? Podem mudar tudo ao narrar fatos reais e inserir personagens nas conclusões.

Para não ser engabelado é conveniente ouvir canais de variados pontos de vista, falar com pessoas de pensamento divergente, porque ampliam horizontes e possibilidades: não é que é mesmo? Para se considerar e aceitar uma ideia nova é preciso abandonar dogmas e estar aberto a outras formas de pensar.

Os meios de comunicação se distribuem, desde o advento deles na internet, em canais maiores e menores, ainda que não menos importantes porque garantem o pluralismo. Ali está a mídia alternativa, quer de direita, quer de esquerda, cada uma buscando o seu quinhão. O intuito principal é conseguir maior número de engajamentos para que o canal cresça diante do algoritmo e distribua o material para outros internautas, numa espécie de divisão justa. Caso o espectador veja canais progressistas, no YouTube, por exemplo, sempre que entrar no site lhe serão sugeridos mais canais da mesma linha ou os mesmos. Isso eleva o grau de fidelidade de quem assiste, promovendo uma audiência cativa. Como é mantido pelos internautas, que interagem com os apresentadores mediante pagamento, a liberdade do veículo fica garantida.

Os pequenos canais com suas lives elevam a busca pelos seus conteúdos noticiosos. Nos temas políticos, antes de se completarem duas frases já é possível saber a linha editorial do noticioso. Quando a pessoa se alimenta de uma só fonte, entra num círculo vicioso e fanatizante. Atente-se para não ser cooptado por um discurso delirante.

Deve-se surfar num amplo espectro de tendências, o que seria mais conveniente para que se aprenda a filtrar, excluindo o que incomoda, fixando novas ideias que não firam os princípios básicos de quem assiste, e até mesmo aquele discurso sufocante e tão verdadeiro, que parece mentira.

Fechar-se para algumas informações não as faz inexistentes e, caso elas incomodem, é bom considerá-las, porque devem ser reais. Não é conveniente ouvir notícias sempre com o mesmo viés, lembrando que uma notícia falsa com uma análise verdadeira, não é menos falsa do que a mentira que a originou.

Ver vários jornais passando pela mídia comercial ou hegemônica, assim como ouvir a Voz do Brasil e a mídia alternativa é adequado para uma formação de ideias mais próxima da realidade, evitando o governismo cego, assim como o antigovernismo exacerbado. Quanto maior o leque de visões admitidos, menos enganado será o receptor. Cada um dos lados não suporta ouvir uma mera frase do oponente, ainda assim, evite ideologizar o aprovar e o não aprovar. Não demonize a mídia.

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