Em meio a tantas notícias sobre desastres ambientais em Minas, um boa nova é anunciada. Trata-se da criação do Parque Botumirim, que preserva, entre outras riquezas, um sítio arqueológico com pinturas rupestres e espécies raras da fauna, como a Rolinha do Planalto, ave extinta há 75 anos. Com a criação do parque, previsto para ser inaugurado em 2019, sobe pra 17 o número áreas protegidas no Estado.
A extensão total será de 36.188 hectares, que incluem os municípios de Botumirim, Vale do Jequitinhonha, e Bocaiuva, no Norte de Minas. A maior parcela abrange Botumirim, com 33.464 hectares. Audiência pública realizada em Montes Claros no último sábado para discutir o projeto tirou dúvidas dos moradores da cidade, sobretudo em relação aos produtores rurais que temem pelas desapropriações, que não serão grandes, conforme as autoridades ambientais.
A exemplo de outros municípios onde existem unidades de preservação, Botumirim e Bocaiuva muito poderão ganhar com o parque. Além de conservar fauna e flora, contribuindo para a vida no planeta, áreas de preservação representam atrativos para os turistas, que movimentam o comércio e o setor hoteleiro. Também há aumento do repasse de ICMS para o município.
Outra boa-nova para “saúde ambiental” de Minas é a preparação de força-tarefa para evitar incêndios florestais, com a contratação de brigadistas e a compra e locação de aeronaves, helicópteros, caminhões. Tudo para não deixar que as queimadas, comuns no período de inverno, destruam os parques ambientais de Minas. A natureza agradece.