A morte de um estudante espancado pelo colega no Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), em Belo Horizonte, uma das mais antigas e tradicionais instituições de ensino público do Estado, chocou o país e traz à tona a discussão sobre um dos temas mais preocupantes hoje no sistema de ensino: a violência. Ambientes de aprendizado e socialização tem se transformado em palco de agressões entre alunos e até mesmo de estudantes contra professores.
Graves problemas sociais e comportamentais costumam ser pano de fundo para esses episódios de violência, que ano a ano apresentam números alarmantes em todo o país. Até este momento de 2018, por exemplo, são três ocorrências de lesão corporal por dia nesses estabelecimentos, só em Minas.
Montes Claros ajuda a engrossar essa estatística, com o registro de saques, roubos e depredação nas escolas. O quadro se agravou, como mostra matéria publicada nesta edição, depois que a prefeitura demitiu 500 seguranças que atuavam nas escolas.
A triste realidade mostra a necessidade urgente de investimentos em profissionais para garantir a segurança no espaço escolar. O trabalho para conter a violência exige também ação preventiva dos educadores e da família, sobretudo em relação aos alunos com comportamento agressivo, que deveriam ser punidos e encaminhados para um acompanhamento médico e psicológico, evitando, assim, situações tão trágicas como a ocorrida no Instituto de Educação de Minas Gerais. Que o episódio sirva como exemplo para que medidas urgentes sejam tomadas para que as escolas voltem a ser espaços harmônicos.