A inclusão de mais seis municípios do Norte de Minas na região do semiárido mineiro era uma decisão aguardada por muitas lideranças da região. Buritizeiro, Pirapora, Santa Fé de Minas, São Francisco, São Romão e Várzea da Palma vão passar a ter acesso a incentivos fiscais e recursos para o combate à seca intensa. 

É de se lamentar que cidades nas margens de rios tão importantes para o Estado – o São Francisco e o Velhas – estejam nessa situação de serem consideradas áreas de escassez hídrica e pluviométrica. Estar à beira de um rio não quer dizer mais garantia de abastecimento de água. 

Precisamos aprender definitivamente com essa situação pela qual passam cidades grandes e importantes, como também é o caso de Montes Claros. É necessário cuidar mais de nossos rios e nascentes, de nossas florestas e demais áreas verdes. 

O clima mudou muito em virtude da ação do homem na natureza. Mas não somente as grandes indústrias e o agronegócio são culpados. A falta de cuidado com os recursos hídricos é geral no Brasil. Nunca pensávamos que rios como o São Francisco poderiam secar. Hoje essa possibilidade não é mais remota. 

Só vamos reverter esse processo de intensificação da seca quando adotarmos práticas sustentáveis em todos os níveis, deixarmos de poluir e respeitarmos o meio ambiente. 

Tomara que esses novos municípios do semiárido mineiro usem o provável aumento de repasses recebidos para adotar práticas de garantam a preservação daquilo que ainda não foi destruído. E que sejam seguidos por outras cidades para que essa lista não aumente ainda mais.