Conhecer a procedência da carne levada à mesa para as refeições diárias pode evitar sérios danos à saúde. Produtos que têm origem no abate clandestino, ou seja, sem a devida fiscalização dos órgão de vigilância sanitária, ou aqueles vendidos nos açougues expostos em ganchos, sem refrigeração e acondicionamento corretos, podem ser focos de doenças, como infecções alimentares, provocadas por bactérias e toxinas que podem, inclusive, levar à morte. O consumo traz o perigo ainda de doenças graves como a teníase, causada por parasitas, geralmente transmitida pela ingestão de carne contaminada com cisticercos (larvas do verme).

Apesar de todos esses riscos que a carne de abate clandestino ou vendida de forma irregular pode causar ao homem, comerciantes insistem em ignorar a legislação, como mostra reportagem publicada nesta edição do O NORTE. Sabendo com antecedência que uma operação seria realizada pelo Ministério Público e órgãos de vigilância, comerciantes do Mercado Central teriam orquestrado uma verdadeira maquiagem nos estabelecimentos para atender às normas dos fiscais. No entanto, como atestam testemunhas e fotos registradas anteriormente, ali carnes são comercializadas de forma exposta sem atender às exigências da lei. A reportagem flagrou inclusive grande quantidade de lixo exposto do lado de fora do mercado, em frente às janelas abertas dos açougues, verdadeiro foco de moscas. A postura dos comerciantes em dificultar a ação de fiscalização revela total falta de responsabilidade com a saúde da população. Cabe ao consumidor ficar atento para não comprometer a saúde.

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