Cerca de 30 mil pessoas em 69 localidades do semiárido mineiro serão beneficiadas com as ações do Programa Água Doce (PAD), que busca levar água potável principalmente às comunidades rurais mais afetadas com a seca dos últimos dois anos. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) vai transformar água imprópria ao consumo humano em potável, por meio de um processo de dessalinização, que prevê a retirada do excesso de sal e outros minerais da água, tecnologia bastante utilizada em regiões onde a água doce é escassa e de difícil acesso.
No Norte de Minas, serão 56 municípios beneficiados. O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), que está à frente do projeto, disse que serão priorizadas as localidades onde há maior necessidade, mas que nenhum dos municípios deixará de ser beneficiado.
Todo esse processo para levar água potável à região é feito em três etapas: diagnóstico, implantação e monitoramento. No primeiro, são levantadas as comunidades que sofrem com a falta de água, com base em critérios estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Na segunda etapa, acontecem as intervenções para recuperação dos poços e construção de estações de dessalinização de água, de modo a torná-la própria ao consumo humano. Já a última etapa do projeto prevê o monitoramento e a manutenção das estações, como visitas técnicas quatro vezes por ano.
O PAD, que conta também com o apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), prevê água de qualidade para consumo humano de 400 pessoas por dia, com investimento individual de R$ 641. Iniciativas como essa garantem o resgate de dignidade de centenas de famílias que durante anos vêm sofrendo com a falta de água imprópria para o consumo na região.
Projeto desenvolvido
em 56 cidades do semiárido mineiro vai garantir água potável a mais de 30 mil famílias da região