Preocupante o posicionamento de um diretor da Santa Casa afirmando que a instituição vai fechar as portas novamente caso a situação de superlotação do setor de urgência e emergência da unidade se repetir.
Devemos lembrar que estamos falando de um hospital que é a referência no serviço ambulatorial não só para a cidade, mas também para 86 municípios mineiros e mais alguns do Sul da Bahia. Qualquer decisão que seja tomada estamos falando de centenas de milhares de pessoas impactadas.
Esse, definitivamente, não é o modo mais adequado de se resolver a questão da superlotação. Se a Santa Casa está com problemas para gerenciar o atendimento ou suprir a demanda, que procure os órgãos responsáveis e busque a solução.
Em outras ocasiões, os diretores da Santa Casa mostraram bastante proximidade com a atual gestão da prefeitura da cidade, que também deveria estar mais interessada em buscar uma solução, afinal, é a população da cidade que forma a maior parte dos pacientes. O município foi procurado para tentar encontrar um caminho? Se foi, deu alguma sugestão?
Mesmo que seja uma forma de chamar a atenção para o problema, esse destaque nunca deve ser feito às custas de prejuízo justamente para quem não tem nada a ver com questões de gestão e política: o morador da cidade e do Norte de Minas. E muitos foram prejudicados com o fechamento, mesmo que momentâneo, do hospital. E quem vai compensar esse prejuízo?
Esse é mais um exemplo de que a população não é a prioridade atualmente na cidade.
Se a Santa Casa está com problemas para gerenciar o atendimento ou suprir a demanda, que procure os órgãos responsáveis e busque a solução