Os reflexos da pandemia do novo coronavírus já começam a impactar a economia do município de Montes Claros e a região Norte de Minas. Com a prorrogação do decreto municipal até o dia 30 deste mês, impedindo que o comércio abra as portas, muitos empresários já estão com a “corda no pescoço” e preveem uma onda de demissões e até mesmo o encerramento das atividades na cidade. Eles cobram uma posição do chefe do Executivo local para flexibilizar a abertura das lojas.

De acordo com a CDL, já há pequenos empresários até com dificuldade para manter o próprio sustento da família. Muitos se viram obrigados a renegociar os valores dos aluguéis e a empurrar dívidas para tentar salvar a situação financeira da empresa. 

Mas a crise não está restrita somente ao comércio da região. Ela atinge também os pequenos produtores de queijo, que já viram os preços do produto despencar para quase a metade em cerca de 30 dias, passando de R$ 12 para R$ 7 a unidade. A categoria avalia que será difícil suportar a situação por mais um mês.

Representantes de várias entidades de classe se reuniram ontem na Câmara Municipal, onde foi entregue um documento que será levado ao chefe do Executivo. As categorias alegam que durante o fechamento do comércio o poder público não conseguiu colocar em prática medidas que garantissem a saúde financeira dos empreendimentos.

Com a possível flexibilização de abertura do comércio, o empresariado se compromete a trabalhar dentro dos parâmetros estabelecidos pelas autoridades de saúde para manter tanto a proteção dos empregados quanto dos clientes. Entre as medidas estariam a limitação do número de pessoas por empreendimento, distância mínima entre os clientes e o uso de máscara e do álcool em gel. Diante deste impasse, a adoção de qualquer medida neste momento requer muito bom sendo e muita cautela.

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