Mais três cidades no Norte de Minas, além de Montes Claros, fecham o cerco para evitar a disseminação do novo coronavírus. Os municípios de Espinosa, Monte Azul e São Francisco tiveram também o estado de calamidade pública reconhecido pelo Legislativo Estadual, o que garante a adoção de barreiras sanitárias para controlar a entrada e saída de pessoas e evitar a proliferação da doença.
Os decretos publicados pelos municípios determinam o fechamento das vias públicas de acesso, com barreiras fixas e móveis, monitoradas pelas secretarias de Saúde, que farão verificação do estado de saúde, orientação e prevenção aos ocupantes dos veículos de passeio, vans, ônibus intermunicipais e interestaduais. Em São Francisco, haverá inclusive um plantão na balsa que faz o transporte diário.
O Norte de Minas tinha, até a última segunda-feira, 58 casos confirmados da Covid-19, além de nove mortes. Na última sexta-feira, o município de Montes Claros, que possui 20 casos confirmados e dois óbitos, adotou uma série de barreiras sanitárias.
Os visitantes terão que cumprir uma quarentena. O período de isolamento chega a sete dias para quem não tem sintomas e a 14 para as pessoas que apresentam tosse, dor de garganta febre, coriza e dificuldades para respirar. A exceção foram os caminhoneiros, pilotos e motoristas que estejam circulando na cidade a trabalho, desde que não tenham sintomas.
Ao todo agora já são 56 cidades, incluindo Belo Horizonte, que tiveram o decreto homologado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) recomenda aos municípios que façam a adesão a este instrumento, o que possibilita a liberação de recursos e maior autonomia financeira e administrativa. Neste momento, a união de esforços em Minas é de extrema importância para que o Estado reduza, o mais rápido possível, a curva de contaminação da doença.