“Precisamos ter a capacidade de controlar a ansiedade e a angústia para passarmos estes 45, 60 dias a partir de agora, que serão fundamentais para que se concluam os processos, sejam feitos os registros, produzidas as vacinas e iniciemos a grande campanha de vacinação”.
Essa fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a expectativa quanto à chegada da vacina contra a Covid pode deixar muita gente irritada. Controlar a ansiedade, a angústia que tanto nos atormenta desde março por mais 45, 60 dias parece uma tortura sem igual. E até lá, o que fazer? Ver a banda passar e torcer para os números regredirem e para que nós ou nossos familiares e amigos não sejam arrebatados pelo coronavírus?
Nada disso, até lá, e agora mais do que nunca, em função das festas de fim de ano, é ter juízo e assumir a postura de que cada um é personagem importante no processo de prevenção para segurar o avanço da doença.
Não é esperar, apenas, que a solução esteja nas mãos do poder público. As ações dos governantes são fundamentais para frear essa praga com a qual convivemos há nove meses.
Mas a ação principal está nas mãos de cada um de nós, por meio de hábitos simples, que não custariam muito: usar a máscara, higienizar as mãos com frequência e manter o distanciamento.
Medidas que têm sido deixadas de lado por muitos brasileiros, mineiros, montes-clarenses, e que têm como resultado um novo pico de casos, a maior ocupação de leitos, o sofrimento de quem fica doente e a dor de ver algum querido partir.
Já passou da hora de cada um fazer a sua parte enquanto a solução encontrada pela ciência não chega. Aliás, os esforços realizados para o desenvolvimento de vacinas são enormes, com verdadeira força-tarefa de pesquisadores. Não vamos jogar tudo isso pelo ralo!