Mais de um mês após o Novo Marco Regulatório do Gás Natural entrar em vigor, nada mudou e um botijão de gás no Centro-Oeste já custa o exorbitante valor de R$ 120. A nova norma (Lei 14.134/2021), que regulamenta o transporte, tratamento, processamento, estocagem, liquefação, regaseificação e comercialização do gás natural no país, chegou com a promessa não apenas de aumentar a competitividade no setor, provocando a queda dos preços, como também evitar que um mesmo grupo controle todas as etapas do sistema, promovendo uma independência entre os elos dessa cadeia.
O mercado considera que ainda é cedo para que os efeitos da nova lei possam provocar as mudanças necessárias para que o setor se torne de fato mais competitivo, menos centralizado e, sobretudo, que consiga promover a tão sonha queda nos preços do gás.
Imaginando que as previsões da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) se tornem realidade, o novo marco regulatório deverá atrair para o setor investimentos que ficarão entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. Para que estes investimentos se concretizem, gerando como consequência, na ponta final do processo, um produto mais leve para o bolso do brasileiro, faltam acontecer as autorizações previstas pela nova lei e que visam simplificar o processo de concessão para o setor.
Enquanto as mudanças não ocorrem no setor, a população segue sofrendo com a alta do gás e com o aumento do preço de outros produtos da cesta básica que, somados, acabam provocando um rombo no orçamento do brasileiro, o que tem sido fatal para muitas famílias que, em função da pandemia, estão com membros da família desempregados, o que acarretou a perda do poder aquisitivo.
O sonho agora, já que no atual cenário os brasileiros vivem de sonhos e de esperança, é que o Marco se transforme em realidade para que, finalmente, possa transformar a realidade da população. Mais do que isso, o sonho é o de uma economia estável, onde o índice de desemprego tenha uma curva descendente e inversamente proporcional à curva da empregabilidade, para que os brasileiros possam, definitivamente, deixar de sonhar e começar a viver.