O dinheiro está escasso para todas as esferas de governo. União, estados e municípios estão tendo muita dificuldade em honrar os compromissos, ou pelo menos evitar atrasos, devido à queda de arrecadação, em uma espécie de efeito cascata. Atualmente, qualquer repasse passa por uma avaliação muito maior do que a de anos atrás e, naturalmente, aqueles projetos que vão beneficiar mais pessoas passam a se tornar prioritários.
Por isso, é muito importante que prefeitos do Norte de Minas passem a reivindicar de maneira conjunta problemas comuns de suas cidades. Pouco adianta ir à Brasília sozinho ou com dois ou três colegas, enquanto estados do Nordeste vão com 50 ou 100 prefeitos cobrar recursos.
Não basta apenas reivindicar aqui na região a ajuda do Planalto para o fim do ano (que já chegou). É importante se mobilizar com outras lideranças norte-mineiras, acima de disputas políticas, para que as prefeituras possam honrar seus compromissos, fato tão importante para a economia local.
O papel de interlocutores também é de extrema importância, já que poucas cidades têm recursos para bancar viagens. Nesse aspecto, o trabalho da deputada Raquel Muniz vem sendo exemplar, participando das principais discussões da região e reivindicando, junto ao presidente Michel Temer, as soluções para os impasses, com alguns avanços bastante importantes.
Que essa mobilização pelo repasse extra do FPM também ocorra em outras áreas, como o combate à crise hídrica, e que os prefeitos se conscientizem que todas as cidades certamente vão lucrar com o desenvolvimento econômico e social da região inteira.