Trabalhadores do serviço de coleta de lixo de Montes Claros denunciam que os veículos usados por eles no exercício da função estão em condições precárias, assim como toda a estrutura necessária para o desempenho da atividade. Essa situação, afirmam, os expõe a riscos de acidentes.
Entre os mais de cem garis e cerca de 40 motoristas que fazem a coleta de lixo no município, não são raros os que temem o perigo e têm reclamações a fazer. Entre as queixas mais frequentes está a de que os caminhões usados para recolher o lixo vivem quebrados, com pneus carecas, sem vidros nas janelas e com os bancos rasgados.
A falta de manutenção adequada nesses veículos, contam servidores, obriga motoristas do último turno de coleta a só saírem para as ruas às 2h. Como não há caminhões que funcionem à disposição, é preciso aguardar que outra equipe volte do trabalho em alguma das regiões da cidade para usar o mesmo veículo.
E, frisam motoristas e garis, os caminhões que saem às ruas recolhendo o lixo, além de não serem seguros, pela falta de manutenção adequada, têm circulado sem o uso do Agente Redutor Líquido de Óxido de Nitrogênio Automotivo (Arla), que ajuda a reduzir a emissão de gases tóxicos pelo escapamento. O que prejudica, além dos funcionários que exercem o serviço, toda a população.
Os servidores da coleta de lixo de Montes Claros afirmam ainda que os garis não usam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o que agrava o descaso com esses trabalhadores. É imprescindível ressaltar que esses funcionários que garantem a limpeza da cidade são constantemente expostos a riscos de cortes por vidros e outros materiais, a intoxicação e inúmeros outros acidentes, pelo contato direto com o lixo. Eles, decididamente, não merecem ser submetidos a mais desrespeito e descuido.