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Domingo,24 de Novembro

Futuro

23/06/2021 às 00:00.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:14

A vacina, tão almejada, chegou, mas não trouxe efetivamente dias menos turbulentos. A saúde permanece na UTI, a economia não saiu completamente do fundo do poço, o desemprego continua alto... É indiscutível que muitos dos desafios que chegaram com a pandemia um ano atrás permanecem insolúveis e o mais aterrador é saber que ficarão por aqui, no pós-pandemia.

Se a saúde e a economia são questões mais recorrentes, por afetar a população em sua totalidade, não podemos deixar de citar o caos na educação, que mesmo após passada a tempestade deixará profundas cicatrizes. Se antes da chegada do vírus a educação já andava acamada, a piora tem sido notória no atual cenário. 

Isso, porque dia a dia a desigualdade no ensino brasileiro vai se aprofundando a olhos vistos. A educação pública, por exemplo, que andava meio moribunda, agora, assim como a saúde, foi parar de vez na UTI, já que a qualidade da educação pública, oferecida a crianças e jovens, ficou ainda mais comprometida em função das aulas remotas. 

E ao contrário do que muitos julgam, os professores não são a causa desse desequilíbrio, mas tão vítimas quanto os estudantes. Sem a devida valorização e sem as condições necessárias para levaram o conhecimento a seus alunos, muitos estão frustrados, alguns em depressão e outros muitos estão usando o próprio salário para não comprometer ainda mais a educação dos seus alunos.

Se para os professores não existe valorização, o que dizer da situação de jovens e crianças que não têm condições de estudar em escolas particulares? Para eles, a pandemia trouxe uma realidade ainda mais decepcionante, já que muitos não têm os recursos necessários nem para a sobrevivência, o que dirá para ter um computador ou celular de qualidade para assistir às aulas remotas ou, ainda, para pagar por uma internet com “força” suficiente para que possam ter acesso à escola virtual?

Todos estes são desafios que já estavam postos antes do vírus, mas que se agravaram durante a pandemia que estamos vivendo e para os quais teremos que buscar soluções. Até que essas questões sejam de fato sanadas, o Brasil permanecerá estático, sem condições de dar passos firmes em direção a um futuro melhor. 

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