O temor em relação à pandemia no novo coronavírus tem levado a população mineira a baixar a guarda em relação às doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. Neste ano, até o dia 11 de maio, Minas já registrou 64.110 casos prováveis de dengue, com cinco notificações de mortes e 26 óbitos ainda em investigação. No mesmo período, em relação à chikungunya, são 1.234 prováveis vítimas, com um óbito em Campo Belo, e 297 casos prováveis de zika, sendo 34 em gestantes.
Em Montes Claros, o Aedes aegypti fez estragos no ano passado. No entanto, para tentar minimizar os casos das doenças causadas pelo mosquito, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) fez um mapeamento das principais áreas com alta incidência do vetor.
O projeto de combate ao Aedes inicialmente será feito em oito bairros que apresentaram maior incidência de casos notificados de dengue, como o Delfino Magalhães, Santa Rita I, Novo Delfino, Vila Sion II, Santo Antônio, Camilo Prates, Jardim Palmeiras I e Alto da Boa Vista. Nesses locais, só no último mês foram notificados 47 casos da doença.
Para conter os focos de proliferação do Aedes aegypti, a prefeitura tem utilizado um veículo equipado com UBV (ultrabaixo volume), cedido pela Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros (SRS). A SES informa que essa ação busca complementar os trabalhos realizados com o equipamento costal.
No início deste ano, o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LirAa) detectou uma taxa de 10,3% – índice dez vezes superior ao considerado seguro pelo Ministério da Saúde, que é de 1%. Portanto, a população do Norte de Minas deve ter atenção especial à pandemia do novo coronavírus, cujas vítimas crescem a cada dia, mas não deve se descuidar das ações básicas para acabar com os focos do mosquito, como eliminação de recipientes que possam acumular água, principal criadouro das larvas.
Cada um deve fazer a sua parte para eliminar as chances de transmissão da dengue, zika e chikungunya.