Mesmo com o grande número de casos de dengue registrados em Montes Claros nos últimos anos, moradores ainda ignoram os cuidados necessários para evitar a proliferação do Aedes aegypti, vetor da doença que causa sofrimento aos pacientes, pode levar à morte _ caso seja contraída a forma hemorrágica _ e onera os cofres da saúde pública.
Reportagem publicada nesta edição de O NORTE mostra que, em Montes Claros, há casos em que a família toda foi vítima da doença.
No entanto, o sofrimento parece não mudar o comportamento de boa parte da população, que insiste em fazer o descarte de copos plásticos, pneus, tambores ou de qualquer material em lotes vago, ou deixar o lixo exposto, facilitando a reprodução do mosquito, ainda mais com a chegada da chuva.
O último levantamento do Centro de Controle de Zoonoses, realizado em outubro, constatou um índice alto de infestação pelo Aedes aegypti em vários bairros. Neles, 71% dos focos de dengue foram encontrados em caixas de água e tambores, e 80%encontram-se nos domicílios.
Devido à escassez de água, moradores armazenam o precioso líquido em recipientes, mas esquecem-se de mantê-los fechados, tornando o local propício para a reprodução do vetor. Em 2017 foram constatados 207 casos da doença na cidade, contra 858 em 2018 (até agosto último), segundo dados da Vigilância Epidemiológica. Apesar do crescimento e de o serviço de saúde fazer a sua parte visitando casas e alertando para a prevenção, falta agora a população mudar a atitude para eliminar os focos dos mosquito. Pelo bem de todos!