A Organização Pan-americana de Saúde (Opas) concedeu ao Brasil, há dois anos, o certificado de eliminação do sarampo. A declaração foi motivo de comemoração, pois graças a uma campanha de vacinação eficiente ao longo dos anos o país conseguiu livrar a população de novos contágios pelo vírus da doença, que pode deixar sequelas e causar a morte nos casos mais graves. Sem contar o ônus provocado no sistema público de saúde do país.
No entanto, a enfermidade voltou ao Brasil neste ano, com o registro de casos em Roraima – todos importados da vizinha Venezuela. Logo a doença se alastrou pelo território brasileiro, que já registra 1.053 casos confirmados. Em Minas, a Secretaria de Estado de Saúde recebeu a notificação de 118 casos suspeitos. Deste total, 55 foram descartados e 63 são investigados. Montes Claros está entre a cidades que tiveram notificações. Mas, apesar desse triste cenário de retorno da doença, a procura pela vacinação é pequena nos postos de saúde, colocando a população em risco.
Adultos mostram ignorar a importância da vacina, a única forma de proteção. E não é momento para ficar à mercê do risco de contrair a doença. Verificar se o cartão de vacinação das crianças está em dia é uma das orientações das autoridades da saúde e mais do que isso, é obrigação dos pais. Se as doses estiverem em atraso, corra com o pequeno ou pequena até o centro de saúde para a imunização. Se for adulto com menos de 49 anos e não há registro de que foi imunizado, a orientação é se vacinar também. A população precisa fazer a sua parte. O certificado concedido pela Opas é prova de que podemos manter essa doença longe do país novamente.